“Um Benfica Europeu.
Extraordinária a forma como o Benfica se bateu contra aquela que está seguramente nas três melhores equipas mundiais da última década.
O incremento da qualidade dos atletas do Benfica, chegou com a presença de Rui Costa a funções directivas. O incremento na qualidade do seu jogar, chegou com Jorge Jesus no banco.
Não há como não perceber a evidência. De há quatro temporadas para cá, têm chegado época após época, jogadores de qualidade superior a Lisboa. De Reyes a Witsel, passando por tantos outros, e até mesmo aqueles que demorando um pouco mais no seu processo de afirmação, serão seguramente mais valias no futuro do Benfica. Penso em Enzo e Bruno César, essencialmente.
Com Jorge Jesus, exímio na arte de potenciar o que de melhor os jogadores podem dar (relembre Di Maria, David Luiz, Fábio Coentrão), o SL Benfica paulatinamente têm-se tornado uma equipa vencedora. E se os três troféus em dois anos, não o indiciam totalmente, a percentagem de vitórias por jogo, subiu de forma vertiginosa nos dois anos de Jesus. Não terá sido por acaso a presença, vinte anos depois, numa semi final europeia.
A forma aparentemente fácil com que o vice-campeão holandês foi batido, e a forma tranquila com que o Benfica discutiu palmo a palmo o jogo com o Manchester United, comprovam uma clara mudança, relativamente ao Benfica da década de noventa e ao Benfica da última década.
O trilho da qualidade está a ser percorrido. E a aposta na qualidade trará sempre benefícios. Financeiros, pela valorização dos jogadores, e necessariamente desportivos.
É um grande Benfica o dos dias de hoje. Resista ao poderosíssimo FC Porto, no Estádio do Dragão, à sexta jornada da prova, e teremos condições para presenciar um campeonato memorável, disputado ao milímetro entre Porto e Lisboa.”
O texto foi publicado a 16 de Setembro. Pouco mais de um mês depois, percebe-se que está, de facto, a crescer uma grande equipa no Estádio da Luz. Pelas suas soluções individuais (que começam logo na baliza) e colectivas, este Benfica assume-se indubitavelmente como uma equipa temível.
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