A profundidade defensiva controla-se essencialmente pela distância que a última linha tem para a bola. Esta distância deve ser maior ou menor, em função da proximidade da bola em relação à baliza, ou em função da pressão ou não sobre o portador da bola.
O SL Benfica tem um dos mais notáveis defesas centrais que já passaram pela Liga portuguesa, numa vertente tão importante, mas invisível, quanto é a “voz e corpo de comando”. Luisão percebe como poucos todos os aspectos tácticos da sua posição, e não se coíbe de corrigir os colegas. É ele quem manda subir, descer, juntar ou afastar. É pela posição de Luisão que os colegas se agrupam, pois sabem que onde o brasileiro estiver, deve estar a última linha.
Facilmente se cai de amores por Garay. Um central fortissimo em todas as situações de 1×1. Um central de técnica elevada, repleto de classe. É impossível não perceber tudo o que de bom acrescenta ao Benfica e à Liga. Porém, Luisão, e sobretudo Jesus, sabem perfeitamente em torno de quem gira toda a organização da última linha. Luisão pode até ser inestético. Todavia, impossível é pensar num defesa central com maior importância em determinado modelo de jogo, que aquela que o girafa assume no Benfica de Jesus.
P.S. – Desde que Jesus chegou ao Benfica, quantos golos sofridos resultaram de passes de ruptura a entrarem nas costas da defensiva com Luisão em campo?
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