
Podem ajudar, mas não o fazem.
Rodrigo Moreno é muito veloz, e de técnica assinalável. Facilmente leva os seus treinadores a colocá-lo num corredor lateral. Foi assim em Inglaterra, e na Madeira com Jesus, voltou a jogar como extremo.
Difícil perceber o que Jesus tinha em mente. Alguém muito rápido com remate forte, capaz de desiquilibrar individualmente numa transição? Provavelmente terá sido este o pensar que levou Rodrigo a jogo. Todavia, se o treinador encarnado prentendia um jogador com capacidade para resolver no plano individual, porque não usou Nolito? Não que o espanhol seja um jogador que pense sozinho. Muito pelo contrário. Mas, Jesus já revelou que é essa a ideia que tem de Nolito.
Percebe-se que a fraca exibição de Rodrigo como extremo não foi casual. Poderá pelos seus traços individuais, obviamente, ter grandes momentos em determinados jogos jogando ali. Muito dificilmente será regular, contudo.
O espanhol é fantástico a explorar a profunidade nas costas das defesas adversárias. É essa a sua mais valia, mesmo em relação aos colegas de equipa. Porque não é um jogador forte na tomada de decisão, ou especialmente imaginativo, perde-se quando sai do seu habitat natural. Quando lhe é retirada a possibilidade de procurar a sua tipica desmarcação de ruptura.
Rodrigo tem um potencial imenso, e dificilmente não será um avançado de nomeada no futebol mundial. Mas parece claro que está formatado para determinado tipo de jogo. Apesar das boas características individuais, pensar nele para outro espaço que não o de avançado centro será sempre um erro. Mesmo que momentaneamente levante estádios. Quem é rápido e chuta forte, acaba invariavelmente por o fazer. Há é que pensar se a regularidade com que o faz, justifica a utilização.
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