Talvez por ter “ouvido” na rádio em directo o que se passou, e só depois ter visto as imagens, não creio que seja algo que deva ter a importância desmesurada que Domingos e os dirigentes do Sporting lhe atribuem.
Preparado para o pior, depois de um “agressão entre colegas de equipa” radiofônico, as imagens não me pareceram extraordinárias. Não consigo vislumbrar qualquer acto de agressividade por parte de Bojinov. Insubordinação com a decisão do treinador, sim. Agressividade ou mau trato por colocar a mão no peito do colega, dando a entender que aquele penalty era para ele, não.
O búlgaro merece internamente um reparo por desrespeitar uma indicação do treinador, mas situações idênticas são às centenas. Com a diferença de que a bola entra e já ninguém quer saber.
Parece-me claro que a decisão de afastar Bojinov poderá estar muito mais relacionada com o rendimento obtido e o esperado, até pelos valores seguramente elevadissímos que o búlgaro aufere, que propriamente pela gravidade da situação.
O acto de Bojinov foi seguramente bem menos gravoso que a forma como João Pereira em Aveiro desrespeitou Matias, sem sequer lhe tocar. Estou seguro que quem andou lá dentro percebe em que situação Matias se sentiu mais melindrado.
P.S. – Se a bola entra, é possível que se estivesse a falar da reabilitação de um jogador. Não estou certo que Domingos deixasse o caso tomar a proporção que tomou.
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