Ou talvez tenha sido eu a demorar tanto a encantar-me contigo.
Há dez anos atrás estava a conhecer pela primeira vez Viana. Era o “menino bonito” do seu treinador numa das selecções jovens portuguesas. Tantos e tantos elogios ouvidos antes de o ver, talvez tenham elevado demasiado a fasquia. Enquadrado numa equipa de sonho (João Vieira Pinto, Jardel, Pedro Barbosa, Quaresma, entre outros) deu nas vistas e saltou para uma liga mais competitiva. Contudo, o seu percurso acabou por não seguir o prometido rumo.
Hoje estará, porventura, no melhor momento da sua carreira.
Coloca a bola onde mete os olhos. Viana está a apresentar-se a um nível soberbo. Técnica de passe verdadeiramente espantosa, objectividade e um conhecimento fantástico sobre o jogo. Defensivo e ofensivo. Viana não precisa de ser agressivo para fazer a diferença. É um jogador completo.
O rapaz tardou em comprovar o que bem cedo prometeu. Porém, o momento é agora. Que Paulo Bento perceba que o que pode ofertar Viana ao jogo, não tem paralelo com o que mais nenhum centrocampista português pode oferecer à selecção.
É actualmente o melhor médio de nacionalidade portuguesa. Espera-se que não seja prejudicado por jogar no Sporting de Braga. Até porque este Braga mais que ter o lugar no terceiro lugar mais que consolidado, começa a ameaçar seriamente um melhor lugar no pódio.
P.S. – Depois há Alan, cada vez mais jogador. Há Lima, e cada vez mais aparecerá Rúben Amorim. Este Braga não atingirá uma final europeia, e provavelmente não conseguirá lutar pelo primeiro lugar até à última jornada. Todavia a qualidade do seu jogo é francamente superior à de um excelente passado recente.
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