“Nunca pedi ao Lucho para jogar entre linhas e não sair de lá. Peço-lhe apenas para baixar quando acha que tem de baixar, porque acredito e fundamentalmente a este nível, que é a qualidade do próprio jogador que o faz perceber quando é o momento de baixar ou de abrir.” Vitor Pereira.
Vitor Pereira tem ideias. Todos quanto os que leram algumas das suas entrevistas concedidas bem antes do estrelato o reconhecem. O treinador portista sabe do jogo e é indesmentível que na fase preparatória da época soube preparar de forma bem interessante a supertaça europeia.
Todavia, mesmo nos momentos de vitórias importantes foi sempre ficando a sensação de que o FC Porto está/estaria orfão de um líder.
É seguro que Pereira, ao contrário do que afirma, não crê que devem ser os jogadores apenas por si a identificarem as situações e a resposta que devem dar as mesmas a cada momento. Mesmo que os jogadores se chamem Lucho ou Hulk.
Pereira foi engolido pelo grupo, ou pelo grupinho. Talvez creia que ser amigo da malta, dando toda a liberdade possível aos seus competentes atletas o leve ao sucesso. Pela qualidade dos campeões nacionais, tal é até bem provável que venha a acontecer. Mais um ano de Pereira no FC Porto é que já parece altamente improvável. Pereira não sabe. Mas, seria muito mais respeitado se colocasse imposições. Não nas regras de conduta, mas no seu jogar. Desde que no exercício e nos jogos provasse estar correcto, claro. Mesmo os que gostam de liberdade, se sentem mais realizados quando percebem que as condicionantes colocadas os leva ao sucesso. E são precisamente os de estatuto mais elevado que mais precisam de ser dirigidos e “conquistados”.
Não pode ser cada um por si, mesmo quando o nível de compreensão do jogo é tão elevado.
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