Na última caixa de comentários surgiu uma ideia para um novo post, quando se pretendeu desculpabilizar o facto de Rojo não ter a mínima noção do que faz em campo, com o grave erro de Bruno Alves na derrota de Portugal.
Antes de mais, é importante salientar que bem antes do golo de Jackson, já aqui se afirmava que Rojo andava e anda completamente à deriva no campo, parecendo uma criança que não tem um pouco sequer de entendimento do que devem ser as suas acções, essencialmente em termos posicionais, mas não só. Desde cedo se percebeu que o argentino não faz ideia do que é defender. Infelizmente para o Sporting o passe de Danilo encontrou Jackson. Em todos os jogos anteriores o comportamento do argentino assemelha-se a quem nunca jogou futebol. Foi tendo a felicidade de somente aqui e ali ter a responsabilidade directa em lances de perigo efectivo.
Bruno Alves é diferente. Tem imensas virtudes, mas tem também um defeito grave que o impede e por muito, de entrar na galeria dos grandes defesas centrais europeus. É demasiado lento. Não lento na passada, mas lento no que mais importa ser rápido. Na leitura das situações de jogo, o que naturalmente lhe retarda as acções. Bruno Alves demora a perceber o que o jogo pede. Ele sabe, ocupa o espaço, mas perante situações que fogem ao padrão normal as suas respostas são demasiado tardias.
Recuperamos na imagem seguinte, um post do último Portugal x Holanda, que retrata fielmente a imagem que sempre se teve do jogador do Zenit. Felizmente a jogada não terminou no golo do empate.
O golo da Rússia não tem génese num erro tão diferente deste. Bruno Alves está a dar profundidade defensiva, ficando longe do avançado adversário para servir como opção de passe atrasada. No momento em que há a perda de bola, tudo muda. Havia que, e muito rapidamente dar uma resposta totalmente diferente da que Bruno Alves deu. Encurtar rapidamente o espaço, retirando toda aquela profundidade que estava a dar aquando do momento da posse. Errou, naquilo que é o seu ponto mais débil. Dar respostas rápidas a situações novas do jogo.
Rojo é diferente. O problema não está somente nas respostas que não dá às novas situações que encontra. Mesmo em organização e sem problemas novos, está permanentemente descoordenado com os colegas. Está sempre a ocupar um espaço errado. Mesmo que a bola esteja na posse adversária há imenso tempo. É mais que óbvio que está ali uma enorme “mina” de tão fácil que é de contornar para quem defrontar o Sporting. Dá até para preparar estratégias em função do central leonino, de tão fácil que é iludi-lo.
Bruno Alves demora mais que o que devia a perceber as respostas a novas situações. Rojo não conhece sequer as respostas para as situações padrão, quanto mais para as que pedem adaptações rápidas.
A diferença é abismal. Daí a pergunta “Já foste central?” aplicada a um, e não a outro.
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