
Já lá vai algum tempo desde que Vercauteren assumiu o comando do Sporting. Se o belga tivesse ideias próximas das que por aqui defendemos, é certo que o nível de jogo do Sporting (pelo menos o defensivo, porque esse não depende do talento, mas sim da organização) já deveria ser totalmente diferente.
Se as duvidas de que colectivamente o Sporting poderá evoluir são mais que muitas, só há uma forma de minimizar os estragos. Há que escolher os mais inteligentes e os que mais percebem do jogo para defenderem as cores leoninas. Basta espreitar os percursos nas carreiras de alguns jogadores leoninos para se perceber que dificilmente aprenderam o que deviam aprender em tempo oportuno.
Sem melhorar o trabalho de campo, o Sporting só “sobreviverá” na escolha correcta das suas peças.
Por exemplo. Dier é muito mais inteligente na ocupação do espaço que Cédric. É uma diferença individual que não foi potenciada pelo trabalho de Vercauteren. Deve-se unicamente à percepção que um e outro têm do jogo. E a escolha sobre se joga um ou outro deve ter em conta diversos factores. Mesmo fraco tecnicamente para uma posição exigente, Dier justifica a chamada pela competência defensiva. A troca de um por outro melhorou o comportamento defensivo do Sporting.
Não é um lance casual, tão pouco as imagens que foram aqui trazidas dos posicionamentos de Cédric o foram. A troca de um por outro corrigiu muita coisa defensivamente.
E é nesse sentido que parece que a única forma de melhorar, é substituir “as peças nocivas”. As que não percebem absolutamente nada do que estão a fazer no campo.
O que é seguro é que há muitos jogadores de fora que mesmo sem trabalho colectivo semanal, porque têm uma percepção mais evoluída do jogo, poderão rapidamente dar melhores respostas ao Sporting. As entradas no 11 de André Martins, Adrien, Pereirinha, Daniel Carriço, Nuno Reis (emprestado em Olhão) e Izmailov colocariam rapidamente o Sporting em lugares europeus.
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