O clube grande precisa desesperadamente de vencer. Há um livre, naquela que será a última oportunidade para aproximar a equipa da grande área adversária. Em campo estão vários jogadores internacionais. Vários jogadores bem pagos e com estatuto importante. Enquanto em fundo parece ouvir-se o canto do cisne-branco, o treinador da equipa que desesperadamente procura os três pontos ordena que a responsabilidade do último lance do jogo saia dos pés de um miúdo que afinal ainda é júnior. Um miúdo ainda com pouca experiência. Um miúdo ainda mal pago perante os demais. O que é que isto diz da personalidade/qualidade de Dier?
A época está perdida. Só alguém sem noção da realidade poderá crer que o terceiro lugar é um objectivo realista. Os habituais titulares no centro da defesa são uma tragédia. Há um miúdo que começando a jogar desde já pode até tornar-se bem cedo numa referência do futebol europeu. Aparenta mais qualidade, mais classe, num dedo do pé que todos os outros no corpo inteiro. Há alguma razão para adiar o futuro de quem promete tanto? Se crê que há, é seguro que também fez parte do lote dos que teriam adiado o futuro de Patrício. Pois acredite que o guarda redes leonino não seria hoje o jogador que é, se não levasse já uns anos “disto”.
Patrício jamais poderá esquecer Paulo Bento. Que Eric recorde Vercauteren. A última decisão do treinador leonino no jogo na Choupana, assim o parece indiciar. Só com muita experiência de jogo o inglês atingirá o patamar que o seu potencial adivinha.
P.S. – É notável a capacidade de se reinventar do Sporting. Tudo pela sua academia. Que as opções tomadas para a presente época e futuro (?!) na formação leonina não estraguem o que de melhor o Sporting teve na última década.
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