
“Casaria a minha irmã contigo, Román.
As cinquenta e uma internacionalizações por uma das mais encantadoras selecções do futebol mundial, quase o dementem. A falta de troféus na Europa, como que o confirma.
Riquelme, um dos mais brilhantes futebolistas da última década passou pelo jogo sem que lhe reconhecessem um terço do mérito. Sozinho deu expressão a um pequeno município em Espanha. E ainda que em 2000 tenha ganho o Mundial de clubes, ou que em 2008 tenha almejado a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, nunca teve a notoriedade que fez por merecer. A notoriedade que se adivinhava quando em 1997, no maior Estádio da Argentina, o Monumental de Núñes, casa do River Plate, substitui Maradona no seu último jogo.
Quando se retirar, Riquelme saberá que o seu nome não fará parte do almanaque do futebol europeu. Todavia, pela inteligência que demonstra em cada acção, pelas suas mil e uma soluções para ultrapassar os adversários, pela sua técnica assombrosa, pela classe que sempre passeou em cada relvado a que subia, pela sua criatividade ímpar que tanto nos fez sonhar, Riquelme precisa de saber que perdurará eternamente no coração daqueles que sempre perceberam com exactidão o que ofertava, e oferta a cada minuto que passava e passa num campo de futebol.
Para ti Riquelme, um obrigado.”
Se o tricolor juntar Riquelme a Deco, mudo-me para o Rio de Janeiro.
Deixe uma resposta