
Significativamente. E é decisivo que assim o seja. Pelo presente (chegar ao longe e complicado acesso às provas europeias) e pelo futuro.
Subitamente, todos parecem acreditar que bastará incutir um pouco de excelência colectiva e o Sporting estará pronto para se aproximar de FC Porto e SL Benfica. Não basta. O incremento da competência colectiva aproximará o Sporting do Sporting de Braga.
E urge evoluir colectivamente para que quem toma as decisões técnicas relativas ao plantel não cometa erros de subestimar ou sobrevalorizar os atletas, quando tiver de constuir o plantel em anos vindoiros. Ou porque não, já para a próxima época.
O Sporting continuará a crescer colectivamente e continuará a perder pontos. Mais do que os que seriam e serão expectáveis para um clube de tal dimensão.
Tempos houve (Izmailov, Romagnoli, Veloso, Matias, Moutinho, Simon, Pereirinha, Carriço, Liedson) em que procurámos sempre passar a mensagem de que individualmente o Sporting estava próximo do FC Porto, e que urgia incrementar processos coletivos para dar o salto qualitativo que pudesse permitir chegar com mais frequência aos titulos.
Subitamente, parece crer-se que basta tal desiderato para que o clube se aproxime. Não basta. A qualidade individual de outrora já partiu. Não bastará incrementar os processos colectivos. Individualmente dois terços do plantel do Sporting é constituído por jogadores desinteressantes. Uns com umas qualidades, outros com outras. Poucos realmente interessantes por simplesmente não terem o que é preciso. Uns tê-lo-ão mais tarde. Outros nunca lá chegarão. É hoje bastante fácil entrar naquele plantel e entrar naquele onze. Há mais de uma dezena de jogadores de equipas classificadas abaixo do terceiro lugar que entrariam directamente no onze. O Sporting não descobriu recentemente um craque para a sua lateral esquerda. Mesmo que venha a evoluir para um jogador importante. A entrada do ex lateral esquerdo do Beira Mar directamente no onze, espelha mais o nível actual do plantel do Sporting que o próprio valor do atleta. Que poderá até ser interessante.
Não terá sido por acaso que o próprio treinador leonino já foi dando o recado de que é melhor não esperarem grandes “coisas”.
P.S. – O menor poder de investimento quando comparado com o FC Porto, pode servir como uma óptima desculpa para a distância a que no relvado os clubes se encontram. As armas negociais não são as mesmas. Porém, o que sobretudo não é igual é a competência de quem toma decisões. De quem forma planteis, de quem decide equipas técnicas e contratações.
P.S. II – O texto não pretende de forma alguma condicionar ou até abordar situações relativas à instabilidade “politica” do clube. Apenas dar a perceber que independentemente da direcção que estiver em funções, só criando um departamento com um leque de pessoas que perceba verdadeiramente de futebol, o Sporting poderá voltar a aproximar-se do título. Por vezes, nem é preciso gastar-se tanto assim para se chegar a boas escolhas. É preciso é conhecimento e observação.
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