
Aos olhos do grande público a competência de Vitor Pereira joga-se na Luz em duas jornadas. Só Marco Silva e Augusto Inácio podem tornar Vitor Pereira novamente num bom treinador. Apenas para alguns, ainda assim. Porque bem possivelmente mais de metade continuarão desconfiados por não ter sido o treinador do FC Porto campeão com o conforto de tantos antecessores seus.
Antes de começar o terrível escrutínio, apenas relembrar um pequeno facto. Desde que entrou no FC Porto há três épocas atrás para a equipa técnica de André Villas Boas até à data de hoje e possivelmente até à data do término do Campeonato, o FC Porto somou uma derrota no campeonato nacional. Uma derrota em três anos. Entre os que considerarão Jesus competente estará uma larga percentagem de indivíduos que teria tido opinião diferente se Jackson transforma em quatro pontos os penaltys que desperdiçou. Ou que mudarão de opinião se a parte final da época termina com bolas no ferro e não na malha, como poderia ter acontecido na Madeira.
Relembrar o mais importante de tudo. Numa liga com dezasseis incompetentes, haverá sempre alguém a passar por competente, porque corta a meta em primeiro. Numa liga com dezasseis competentes, haverá sempre quem passe por incompetente.
Aparentemente, mesmo que volte a sagrar-se campeão, o FC Porto deverá abdicar de Vitor Pereira. Poderá ser cometido um erro histórico, assim não se saiba escolher o sucessor. Porém, é certo que naquela casa as provas de competência a nível de escolha fazem história. Há apenas que perceber a importância da natureza de tal decisão.
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