How Germany went from bust to boom on the talent production line

“he DFB wanted to move away from playing in straight lines and relying on “the German mentality” to win matches. Instead coaches focused on developing fluid formations that required the sort of nimble, dexterous players who would previously have been overlooked because of their lack of physical strength.”

O sucesso na Alemanha a chegar pela inteligência, pelo potenciar nos atletas o conhecimento do jogo e importância da tomada de decisão. A Federação Espanhola deu o mote, a Alemanha entre outras seguiu. 

“In the past there were a lot of big players. But look at our players now,” Dutt says. “You realise that an important thing for a football player is technique and then the height of the player, ordinarily, will be small. [Diego] Maradona, [Andrés] Iniesta, Xavi – all little players. In the defence we think we need big players. Mats Hummels is big but he is very good with the ball. In 1982 Mats Hummels wouldn’t have played in defence, he would have played at No10. In the 1970s, [Franz] Beckenbauer was playing football and [Hans-Georg] Schwarzenbeck was running after the English players – if he got the ball he gave it to Beckenbauer and the job was done. But now Schwarzenbeck is Hummels, and Hummels plays like Beckenbauer and Schwarzenbeck.”

A ideia cada vez mais ultrapassada de que é possível ser-se um jogador de elite não tendo enormes qualidades técnicas. Se o jogo ofensivo começa maioritariamente desde trás, como se pode abdicar de qualidade técnica e de decisão desde o primeiro momento? Os melhores defesas do mundo não são os com maiores qualidades físicas. Qualidade técnica e de decisão, as características mais determinantes para qualquer posição ocupada no campo. 

“They said: ‘They have to try to be a professional or not. They have to decide.’ I said: ‘No, we can’t do that in Freiburg. It’s wrong. Most players in our academy can’t be professionals, they will have to look for a job. The school is the most important thing, then comes football.’ We give players the best chance to be a footballer but we give them two educations here. If 80% can’t go on to play in the professional team, we have to look out for them. The players that play here, the majority of them go on to higher education. And we need intelligent players on the pitch anyway.

A preocupação com o individuo para além do futebolista. Um exemplo notável da Federação Alemã. Faz ideia de quantos miúdos da formação do Sporting, FC Porto e SL Benfica desistem de estudar atrás dum sonho que nunca se realiza? Quantos acabaram por ter uma vida um pouco mais complicada por terem ido atrás do sonho de serem futebolistas profissionais?

“But for me the most important thing is to educate the coaches in the youth academies… Before in Germany, if you played in the Bundesliga for a few years, clubs said: ‘We’ll take them to manage the under-17s.’ But they had no education to be a coach. Sometimes the same thing happens in England – I saw this. On the pitch these players played very well but that doesn’t mean they’re a coach, and now this changes in Germany. And then under-15, under-17 and under-19 coaches, they gave them a salary so they could do this work full time. Coaches came from university, who had studied sport, they mixed it up and then it got better.”

Determinante. O processo de selecção e formação de treinadores decisivo para potenciar ao máximo as qualidades dos jovens praticantes. Em Portugal a quase total ausência de verbas para despender com o futebol jovem afasta demasiados bons treinadores da base, onde deveriam estar, e promove outros tantos cujos conhecimentos técnicos sobre o jogo e / ou treino ou pedagógicos são nulos, coarctando demasiadas vezes o potencial dos jovens praticantes. 

“Young players need to make mistakes to get better, but managers think they can’t afford [for] that to happen. You see the squads, even in the smaller clubs, they get players from all over instead of bringing young players through”

A forma mais rápida de potenciar as aprendizagens. No “Talent Code” de Daniel Coyle é referido que estas se dão de forma dez vezes mais rápida quando há erros para corrigir. Só jogando (no treino e também na competição) se pode potenciar ao máximo o desenvolvimento dos jovens atletas.

P.S. – Obrigado ao Jorge pela partilha



Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

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