
“Portugal tem estragado alguns talentos ao trabalha-los demasiado. Não podemos querer ter jogadores de futebol aos 10, 11, 12, 13 anos de idade. Temos jogadores de futebol aos 20 anos. Nesta idade são só jogadores da bola. Se quisermos queimar etapas e introduzir táticas muito sofisticadas, reduzir a participação individual dos miúdos, podemos estragar este talento”.
“O que caracteriza os jogadores de topo nesta idade é ter uma grande expressão individual. O que se tem passado em Portugal é termos os jogadores muito formatados. Alguém é responsável por isso. Temos jogadores muito amarrados a processos muito rígidos. Se nesta idade não são todos iguais e daqui a 5 anos forem, há algo errado neste processo”
“Andam todos à procura de jogadores inventivos, criativos, com capacidade de improvisação. Nós temos esse jogadores em Portugal, não os podemos estragar. Não podemos castrar essas competências individuais, sobretudo do domínio ofensivo, e transformá-los todos em peças de uma máquina. O futebol é um jogo coletivo, mas é feito de individualidades e temos até que fomentar essas individualidades”
“Vimos aqui variadíssimos jogadores com características muito boas para jogar a pontas de lança agora é preciso que o trabalho para eles seja rico e criativo. O ponta de lança é alguém que tem muitos problemas para resolver no jogo. É toda a gente a querer bater-lhe, roubar-lhe a bola… Ninguém resolve problemas com uma cabeça cheia de constrangimentos e de táticas muito rigorosas. Tem de ter uma grande versatilidade de soluções e não pode estar amarrado a soluções pré-definidas”. Francisco Silveira Ramos
Temática outrora abordada aqui. E de uma forma mais geral na etiqueta Futebol Jovem.
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