
Todos querem e procuram um dez, mas a realidade é que poucas equipas no futebol mundial ainda guardam espaço no seu sistema táctico para o tradicional número dez.
A surpresa que muitos experienciaram ao ouvir o treinador do Benfica referir-se a Djuricic como um 9.5 e não um 10, como na imprensa vem mencionado, só pode estar relacionada com o facto de nunca terem seguido um jogo que seja do Sérvio na Holanda.
O Herenveen jogava na época transacta com o mesmíssimo sistema táctico de Jorge Jesus, ainda que num modelo diferente. Um avançado no mesmíssimo espaço que Cardozo ocupava no SL Benfica, e Djuricic onde jogava Lima na época transacta. Como segundo avançado. Responsável por sair ao central adversário defensivamente, mas também por baixar um pouco mais quando a bola ultrapassava a primeira linha de pressão. E o mesmíssimo espaço de Lima ofensivamente. Entre sectores. Talvez o brasileiro do SL Benfica se tenha apresentado mais forte nos movimentos de ruptura e talvez Djuricic dê um pouco mais de criatividade no espaço entre linhas. Todavia, Djuricic na Holanda nunca foi um dez. Foi sempre um segundo avançado, como Jesus deu a entender que continuará a ser.
A primeira previsão para o que virá no modelo do SL Benfica será seguramente uma dupla Djuricic – Lima. Lima onde antes jogava Cardozo, e Djuriic onde jogava Lima. Aguardemos para perceber se Djuricic já estará pronto para tão importante desafio. Uma certeza porém, terá de triplicar a velocidade das suas decisões, comparativamente com o que encontrava na Liga Holandesa.
Deixe uma resposta