Nos anos mais recentes foi instalando-se a ideia de que a bola é que deve circular e foram surgindo cada vez mais jogadores que jogam apenas a um dois toques. Cada vez mais jogadores incapazes de se soltar duma base mecânica que lhes foi incutida em demasiados casos por outrem. Cada situação é uma situação, e se é certo que numa percentagem elevada das vezes se impõe mesmo fazer a bola circular, sobretudo quando em situações contra defesas em organização, a verdade é que não há uma forma mágica. Cada lance é um lance e mesmo que na mesma fase do jogo, pode requerer respostas diferentes.
Os melhores jogadores na actualidade são os menos “formatados”. Os mais criativos, que para além de terem uma variedade grande de respostas para oferecer sabem perfeitamente quando as devem oferecer. São apenas vinte e dois anos de idade, mas um potencial tremendo o de Hazard. Tanta qualidade vai agora encontrar um treinador que sempre privilegiou a criatividade entre linhas, mesmo que em determinado momento tenha mudado um pouco. A expectativa é elevada. Em video o que fez Hazard frente ao AC Milan. A velocidade a soltar quando não enquadrado e com oposição a chegar às costas, a velocidade a disponibilizar-se para receber e por fim a condução na direcção da baliza adversária, o atrair da oposição e a assistência. Um grande talento o belga. O “novo” futebol da Bélgica, outrora apresentado aqui e aqui.
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