
Enzo. O argentino é mesmo de alta cilindrada. Agressividade defensiva, cultura táctica, enorme qualidade técnica e inteligência. Foi a figura do derby. Se defensivamente é totalmente fiável, ofensivamente garante sempre saída pelo corredor central, quebrando linhas adversárias. Uma espécie de extremo mas que desequilibra no corredor central. Imagine a valia disso. Vai ser uma ausência tremenda na próxima jornada.
Luisão. O comandante da linha defensiva do SL Benfica. São muitos anos com as ideias de Jesus, e o capitão encarnado sabe sempre quando subir para encurtar espaço e colocar em fora de jogo, ou baixar para controlar a profundidade. A sua valia em termos de posicionamento de toda a equipa é inegável.
Fejsa. Seguramente um dos seus melhores jogos pelo SL Benfica. Boa ligação com os centrais em termos defensivos, ao estilo de Javi Garcia. Sempre bem posicionado e desta feita a revelar qualidades na saída para o contra-ataque que ainda não haviam sido perceptíveis. Sem medo de ter a bola e segurança, mesmo quando foi apertado.
Markovic. É certo que será um dos grandes futebolistas europeus da próxima década. Tem crescido imenso com Jesus. Cada vez mais regular dentro do próprio jogo, com bastante mais critério. Tem melhorado imenso a sua tomada de decisão para deixar de ser um jogador que aparece apenas a espaços. Com tamanha velocidade e qualidade na condução vai sempre ser um desequilibrador. Agora que sabe fechar espaços e que reduziu os erros em posse, está bastante mais completo.
Gaitán. É sempre um prazer aquele toque de bola. Também o argentino cresceu imenso. Mais preocupado em vencer e menos em aparecer. Bastante cumpridor defensivamente e mais responsável com bola nos pés. Está num momento extraordinário, porque de uma vez por todas parece ter percebido que a equipa é a prioridade.
Adrien. Péssimas abordagens aos lances com Enzo. O principal defeito que um jogador de futebol pode ter, é crer-se bastante melhor do que o que realmente é. A forma como o português abordava cada disputa com Enzo demonstrava que não conhece minimamente as suas limitações. A Enzo havia que sair, encostar apenas para não deixar enquadrar, esperando que o argentino devolvesse o passe ao central. Adrien ou não encostava para criar dificuldades ao enquadramento (Jardim terá responsabilidades…?) e quando encostou, entrou sempre para desarmar e o argentino foi sempre embora pelo lado oposto. Como se não bastasse a recuperação para trás da linha da bola sempre feita a velocidade cruzeiro. Qualquer jogador adversário foi sempre mais rápido mesmo a transportar a bola que o português sem bola. Péssimo a restabelecer equilíbrios. Jardim também o abandonou no seu plano de jogo.
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