Não é um treinador que se possa considerar de excelência. Contudo, é alguém que tem ideias boas, ao nível ofensivo. Consegue colocar uma equipa a jogar bem, ao ataque. Resta saber como enfrentará esta evolução de muitas das equipas, que passaram a defender zona. Bem como os blocos baixíssimos e cerrados com que se enfrentam agora os “grandes”. Saber como prepara, hoje, o momento de transição defensiva, através da organização do seu ataque (na liga portuguesa, estando num grande irá sofrer se a transição defensiva for pouco trabalhada), e se trocou as referências individuais (maior motivo para que não tivesse tido mais sucesso no SLB), no momento defensivo, para zonais.
No momento de organização ofensiva, as linhas andavam demasiado distantes, pelo que a transição defensiva era má. Uma maior proximidade entre sectores seria uma melhoria grande no seu modelo. Na transição ofensiva era muito forte. Tanto a sair em segurança, como em contra ataque. Na organização ofensiva pura, os princípios são de qualidade. Não é que ele goste muito de ter bola, desde o primeiro momento, mas as dinâmicas que criou são positivas. Defensivamente é muito primitivo.
A minha convicção é que, com ele o ataque terá sempre qualidade. O jogo será sempre, predominantemente, ofensivo. Muito movimento e dinâmica, apoios frontais dos avançados, desmarcações exteriores em ruptura (overlaps), progressões pelo interior, tabelas desde o momento de construção à criação, muita liberdade criativa. Assim foi a sua última passagem por Portugal. A dúvida será se evoluiu nos processos ofensivo e defensivo, sendo que as exigências de hoje são outras.
Pede-se maior proximidade entre sectores, uma maior concentração de jogadores na zona da bola e no corredor central, processos defensivos deste século, maior proximidade entre sectores com e sem bola, treino intensivo de transição defensiva.
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