O melhor desta goleada é que todo o mundo viu esta meia final. O pior é que muitos vão continuar sem perceber e dizer que foi um acaso. O banho colectivo que o Brasil levou, mais uma vez, demonstra tudo o que vem sendo defendido por aqui. Uma equipa não é um conjunto de onze individualidades lançadas para o campo ao mesmo tempo. É preciso organizar-se para atacar, e sustentar esse ataque com uma forma de defender congruente com o futebol ofensivo que se pratica. É preciso que as onze individualidades tenham uma ideia comum de jogo. É preciso percorrer os melhores caminhos para se chegar mais vezes ao golo, ainda que esses não levem a notoriedade de quem finaliza. O futebol mudou, evoluiu, está diferente, está mais complexo. Quem continuar a recusar-se a aceitar a evolução vai continuar a ser ultrapassado.
Hecatombe da nação do futebol
Tanta é a desorganização nesta competição que a minha motivação foi sempre muito pouca. Mesmo as equipas que se apresentaram organizadas não foram nada de especial, tendo inclusivamente, algumas delas, ido para casa bastante cedo. Ontem, porém, aconteceu algo que tem de ficar para a história. A Alemanha, independentemente do resultado da final, deverá ficar como a melhor equipa deste torneio. Pela qualidade dos seus processos, pela organização que demonstrou, pelas vitórias contundentes contra equipas com potencial individual e processos colectivos inexistentes, pela melhor exibição colectiva deste campeonato do mundo, pela vitória sobre a desorganização que reina neste mundial!
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