
Há algumas épocas todos os exercícios que se faziam por aqui eram de enorme crítica à organização do Sporting. Analisar leões e águias em quase simultâneo fez crescer o blog, porque era muito fácil mostrar a grande qualidade colectiva de uns e a muito fraca de outros, porque num dos lados não havia sequer colectivo. Todos os posicionamentos eram aleatórios. Não havia modelo de jogo, não havia ideias. Eram apenas 11 jogadores soltos em campo.
Com a chegada de melhores treinadores o Sporting reorganizou-se, e na época transacta voltou a juntar-se ao lote da frente.
Marco Silva traz ideias. Com pouco tempo de trabalho já se percebe a sua identidade (curiosidade tantas semelhanças com as ideias do actual treinador campeão em Portugal).
Individualidades da partida:
Montero. Muita qualidade nos movimentos de apoio e inteligência a dar seguimento às jogadas. Esteve na origem dos dois primeiros golos. No primeiro a tirar a bola da zona de pressão com simplicidade tocando em quem estava de frente. Tem uma gama de recursos técnicos assinaláveis e liga o jogo de toda a equipa.
André Martins. Como segundo avançado vai somando golos. Não é espalhafatoso e isso prejudica a sua imagem. Joga simples, decide bem e tem qualidade técnica. Tivesse capacidade para em progressão criar desequilibrios e seria indiscutível até na selecção.
Adrien. Impetuosidade importante num meio campo a dois. Trava inúmeros ataques com faltas úteis. É o médio que pressiona mais à frente, mas é batido se o adversário mostra atrevimento e capacidade. Com bola procura demasiadas vezes a notoriedade e como tal acaba por ser o jogador leonino que mais vezes oferece a posse. Algumas em decisões terríveis.
Cédric e Jefferson. Integrados com qualidade no ataque, aproveitaram o inexistente acompanhamento adversário para se mostrarem. Boas definições de ambos nos lances em que chegarem à linha de fundo, com passes assertivos para os colegas em melhor posição. Têm dificuldades em espaços curtos, mas mostraram grande dinâmica o jogo todo.
Deixe uma resposta