
O que Lopetegui tem mostrado na parte ofensiva do seu modelo de jogo tem sido um aproveitamento fantástico da largura, e com isso da mais valia individual dos jogadores que actuam nas alas do seu Porto. O objectivo é conseguir combinações para entrada de jogadores de uma linha atrasada (médios), sobreposições com os laterais (overlaps para fixar e soltar num 2×1, tabelas em 2×2), cruzamentos, ou situações fáceis de resolver pela qualidade no 1×1 dos alas (Laterais e extremos). Assim, pela grande qualidade do seu plantel, tem conseguido resolver a maior parte dos jogos que disputou criando várias ocasiões para marcar golo. Contudo, o treinador espanhol mostra não reconhecer a importância dos ataques pelo corredor central.
Os verdadeiros desafios para este plantel, tendo em conta a sua mais valia individual, e para o modelo de modelo de Lopetegui estão ainda por chegar. Aí veremos como se comportará a criação de oportunidades de golo e sobretudo o não consentir de oportunidades ao adversário, sendo que a linha defensiva denota ainda muitas deficiências.
Lopetegui, não é com um trivote que se maximiza o potencial do explorar de espaços interiores de Brahimi. É com criatividade e qualidade técnica que compreendam os movimentos do argelino. É com Oliver e Evandro de mãos dadas que o potencial de cada jogada do Porto (ainda que não se queira explorar o corredor central) pode aumentar de forma exponencial.
O único que concorre com Nani, até ao momento, para melhor extremo da liga não é argentino. Joga no Dragão, é argelino e tem de nome Brahimi.
Atenção ao minuto 2:38 fixa 5 jogadores e passa para Jackson. Sim, aquilo não é um cruzamento, é um passe. Um minuto depois (3:42), inarrável.
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