Velocidade de racíocinio no futebol. O que verdadeiramente desequilibra tudo.

Ainda na senda das declarações de Zidane “Via as coisas antes dos outros”. E de alguns comentários ao longo dos anos que vão sempre surgindo pelo blog “é preciso fazer um teste de q.i. para jogar futebol” um dos episódios que me fez acreditar ainda mais no que vem sido defendido no blog desde os primórdios.
No início da presente época uma das grandes promessas do futebol nacional, e porventura mundial ainda que seja um menino nascido apenas em 2000, enquanto aguardava uma possível transferência para Inglaterra realizou alguns treinos lá no clube. Já conhecia o menino desde os tempos dos seus treinos no Estádio Universitário de Lisboa e já tinha tido notícias do rumo que estava a tomar a sua vida desportiva, depois da reportagem realizada na Sportv sobre si próprio. Todavia, quando o seu encarregado me solicitou uma equipa para treinar, enquanto olhava para o pequeníssimo (fisicamente) talento, não conseguia imaginá-lo com outros, já homens, com mais dois anos de idade. Foi o seu encarregado a sugeri-lo. “A que dias treinam os Juvenis A?” (miúdos de 1998, que já são autênticos homens).
Observar aquela “fisicamente” criança no meio de “animaizinhos” praticamente homens foi uma experiência maravilhosa. Nunca presencialmente tinha assitido a prova tão grande de que o racíciocinio e a velocidade a que se expressa é realmente o que mais importa no futebol. Ali no meio dos graúdos, o miúdo via tudo antes do tempo. Não perdia uma bola. Antecipava tudo. O Alfredo não tem tido sucesso na escola e possívelmente não terá uma nota elevada nos testes de q.i.. Todavia, naquilo que é específico do jogo de futebol, não haverão mentes muito mais brilhantes e rápidas que a do pequenino talento.
Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

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