É essa a máxima que vai ditar o (in)sucesso de José Peseiro no Porto. Não é que a qualidade de jogo dos dragões seja admirável, longe disso. Mas nunca conseguirá tal objectivo se o caminho não foi feito de vitórias. As vitórias permitirão ao treinador incutir melhor e mais rapidamente o que quer nos jogadores, pela crença deles que é aquele o caminho que os vai levar ao sucesso. É fundamental para qualquer ideia de jogo, por melhor que seja, que o jogador tenha confiança e convicção naquilo que faz. Que não duvide. E para isso, só ganhando. E num clube como o Porto, só ganhando consecutivamente. O caso do Benfica é paradigmático. A equipa uniu-se finalmente em torno do treinador, e o resultado é uma maior coesão entre o que o treinador quer, e o que os jogadores conseguem fazer. Com isso, a melhoria da equipa, e o avolumar do resultado nos últimos jogos. A confiança dos adeptos. Tempo para trabalhar com tranquilidade sem que os jogadores se sintam pressionados a errar, ou mais pressionados quando erram.
Equipa que joga bem e não ganha deixa de jogar bem
Foi assim o jogo na Amoreira. O Porto não fez uma boa primeira parte. Limitou-se a aproveitar os erros do Estoril (que entrou bem) e dessa forma conseguiu ir em vantagem para o intervalo. Depois, controlou com bola e no final percebeu-se uma maior confiança e conforto dos jogadores para jogar no último terço. Para não se precipitarem na decisão aí, e combinar para entrar na área com a bola controlada. Nesse final de jogo, percebeu-se o futebol que a equipa será capaz de apresentar quando estabilizar do ponto de vista emocional. Para tal, tem que continuar a ganhar. A reviravolta foi, aliás, um factor mais de reforço de confiança dos jogadores em si próprios, no treinador, e dos adeptos na equipa.
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