
SUNDERLAND X MANCHESTER UNITED
Sunderland muito bem sucedido nos jogos mais complicados, com Sam Allardyce a organizar a equipa num sistema diferente daquele que a equipa iniciou a época. O 442 transformou-se em 433, mas defensivamente, em organização mantem a linha de quatro, com o recuar dos extremos, ficando agora uma cobertura no espaço entre sectores, e apenas um avançado a pressionar a construção adversária. Algumas individualidades interessantes como Defoe e Lens, tornam a equipa predominantemente uma equipa de transições rápidas. A forma eficiente como pressionam nas zonas que predefinem e saem rápido com Defoe a ganhar protagonismo, beneficiando do factor casa, é bem provável que mesmo em crescendo o United vá repartir os pontos ao campo do seu rival.
Van Gaal a fixar-se finalmente num sistema táctico, variando apenas as peças.
Em Sunderland apresentar-se-à no seu recentemente habitual 4231. Rooney cada vez mais a jogar como mais avançado no terreno. Forte na transição pela decisão na movimentação e com bola de Rooney e pela capacidade de Martial em desequilibrar quando há espaço para jogar. Menos capaz em organização ofensiva, ainda que Mata procure sempre caminhos mais criativos, o United é uma equipa que apesar de oferecer linhas de passe no bloco adversário denota dificuldades em decidir rápido sem espaço. Isto tudo num jogo em que o Sunderland defenderá sempre com demasiados atrás da linha da bola.
A incerteza na Premier é grande. Todavia, um empate é o resultado mais expectável.
WOLFSBURG X INGOLSTADT
Muito dinâmica ofensivamente a equipa da casa. Partindo de um 4x4x2 clássico nos momentos defensivos, para uma transição ofensiva muito rápida e muito bem definida pela muita qualidade individual dos jogadores com chegada à área adversária (Schurrle, Draxler progridem, definem e finalizam). Também em Organização ofensiva procuram jogar dentro do bloco adversário com os apoios frontais do ponta de lança mais fixo (Bost ou Bendtner). Há qualidade no modelo e nas individualides para voltar à Liga dos Campeões na época seguinte, ainda que fora de casa a equipa não ande a corresponder à expectativa. Muito pelas dificuldades que demonstra em transição defensiva.
Em 433 a equipa do Ingolstadt. Algumas particulariedades no seu jogar. Mesmo nos momentos ofensivos, os alemães não exploram toda a largura do campo. Os extremos jogam sempre próximos do avançado que se move em função da posição da bola. Opção que torna a equipa mais forte na transição defensiva, pois quando perde está sempre junta e próxima, mas que ao mesmo tempo lhe retira possibilidades em organização, pois não usa todo o espaço disponível.
Agressividade sempre sobre o portador é uma marca do Ingolstadt. Todavia sente sempre dificuldades a defender quando enfrenta adversários capazes de retirar a bola do centro de jogo e capazes de acrescentar mobilidade e variabilidade ao seu jogo como é o caso do Wolfsburg.
JUVENTUS X NAPOLI
Duelo grande em Turim.
Liderança do Napoli em risco depois da magnifica recuperação da Juventus.
Equipa de Allegri em 442 losango encontrou-se com as boas exibições e os bons resultados.
Pogba e Sturaro a interiores, com passada e disponibilidade grande a cobrirem toda a largura da sua metade do campo. Pogba à esquerda e Sturaro à direita. Marchisio à frente de uma linha defensiva de grande qualidade individual. Organização ofensiva muito bem elaborada com Dybala extraordinário na decisão e no desequilíbrio. Seja com mais ou menos espaço. Moratta mais preocupado com as zonas de finalização e os apoios frontais. Muita dinâmica e qualidade individual no dia em que a Juventus promete chegar à liderança.
Também numa performance contínua impressionante a equipa de Sarri.
Excelência defensiva no modelo do treinador italiano. Percebem-se todos os princípios. Concentração sobre a bola, equilíbrios e coberturas. Tudo muito bem pensado e definido defensivamente.
Com bola uma equipa de transições pelas características dos seus atletas, mas também capaz de ser mais paciente no sector intermédio, onde Hamsik e Allan se destacam na construção.
Com espaço Higuain, Callejón e Mertens ou Insigne surgem com qualidade na profundidade. Dificil em Turim sair consecutivamente em transições rápidas pela forma como a Juventus, a grande favorita, consegue reagir agressivamente à perda.
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