
Estar mais próximo do sucesso envolverá sempre ter bola. Só com ela na sua posse as equipas chegam ao golo.
Os melhores treinadores do futebol mundial preparam as suas equipas para jogar em todos os momentos. Naturalmente que a intenção será sempre passar a maior parte do tempo confortável nos momentos ofensivos. Mas os melhores profissionais entendem que o jogo não é só ter bola. Mesmo que o lamentem, naturalmente.
Se todos queremos a bola e se só há uma para jogar, como pode algum agente deste jogo desvalorizar a competência sem bola? Sim. Se puder há que ter a bola o tempo todo. Sim, há que ter sempre essa intenção. Mas bastará trabalhar bem e ter intenção para tal acontecer sempre? Naturalmente que não. Porque há sempre adversários que também o fazem bem e que também têm jogadores de qualidade. Em Portugal as pessoas tendem a crer que se joga sozinho e que nunca há méritos nos adversários. Nada mais falso!
Há muito tempo que por aqui se enfatiza o facto do futebol ser um jogo de decisões. De boas decisões. De fazer a cada momento o que a situação de jogo pede. De fazer o que aumenta as possibilidades de ter sucesso. Mas sempre percebendo que nem sempre se consegue impor o que se pretende. Afinal, há sempre oposição. Que eventualmente também quererá a bola e que também a conseguirá tratar bem.
Ai emergem os melhores. Os que entendem o jogo como um todo. Que preparam as suas equipas para tudo o que poderá acontecer. Mesmo que não o desejem.
Se retirarmos a satisfação pelo empate, porque preparou a sua equipa para vencer sempre, mesmo contra o todo poderoso Bayern, Thomas Tuchel demonstra o porquê da cada vez maior supremacia alemã. Equipas preparadas para todo o jogo. Declarações de quem quer sempre a bola. De quem tem um modelo apaixonante, de quem dá primazia pela decisão, qualidade técnica e criatividade. Mas de quem percebe que por vezes, os adversários também aparecem para jogar… E só há uma bola…
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