
BAYERN X JUVENTUS
Grande dinâmica ofensiva da equipa de Guardiola. Muller e Thiago nas costas dos médios adversários a procurarem receber entre linhas, para jogar com o ponta de lança Lewandowski. Fantástico o trabalho de movimentos do polaco. A aparecer nas zonas de finalização, mas também a mover-se em apoio. Corredores laterais para Robben e Douglas Costa que têm liberdade para partir nos desequilíbrios, sempre que há espaço que surge pela rápida variação do centro de jogo. Vidal entre centrais, que usam a posse para atrair e desequilibrar logo na construção.
Defensivamente Alcantra baixa para próximo de Vidal e a equipa organiza-se em 442. Passa pouquíssimo tempo em organização defensiva, contudo, pela excelência na transição defensiva. Agressiva e sempre a beneficiar da proximidade entre jogadores para uma reacção rápida à perda. Promete asfixiar e vencer a poderosa Juventus.
Surgirá em Munique em 442 clássico a equipa de Allegri. Preparada para defender muito, mas menos forte num momento em que passa pouquíssimo tempo na Série A. Última linha por vezes afastada a permitir rupturas entre elementos. Para controlar a profundidade baixa em demasia as linhas, que para estarem próximas, coarcta as possibilidades de saídas rápidas consecutivas em transição.
Mais forte nos momentos de organização pelos movimentos e decisões de Dybala a receber entre linhas ou em largura e na transição ofensiva onde Pogba recupera e progride com qualidade. Sem bola para jogar em Munique não deverá ser possível resistir ao gigante Bayern.
BRAGA X FENERBAHCE
Braga de Paulo Fonseca com obrigatoriedade de vencer
442 com linhas muito juntas nos momentos defensivos. Boas coberturas e capacidade para reequilibrar rapidamente e extremos que percebem quando fechar na linha dos outros três médios, ou o momento de subir rápido para receber na transição.
Qualidade técnica e ideias nos momentos ofensivos. Encontra sempre soluções para jogar e fazer a bola chegar à criação pela relva. Ai, entre linhas, Alan, Rafa e Pedro Santos combinam e servem Hassan, o ponta de lança que se movimenta e finaliza com qualidade.
Transição ofensiva de excelência sobretudo quando conduzida por Rafa. O português tem uma capacidade incrível para desequilibrar enquanto conduz, deixando adversários para trás e definindo com qualidade extra a finalizar. Mais do que capacidade para vencer o jogo. E é expectável que assim seja.
Em 4231 a equipa turca orientada por Vitor Pereira. Raúl Meireles desta feita de inicio, integrará o duplo pivot defensivo que funciona em Mais pressionante / cobertura consoante o lado da bola. Defensivamente a equipa do Fenerbahce concentra-se do lado da bola e cria constantes zonas de pressão de onde não é fácil sair com bola jogável. Controla profundidade e largura sempre em campo curto.
Ofensivamente bastante menos atraente. Muitas diferenças para o jogo de posse que lhe era conhecido, muito pela menor qualidade dos jogadores. Mais forte a sair em transição pela qualidade com que faz a bola sair do centro do jogo para entrar em Nani. Sentirá muitas dificuldades para travar o ímpeto da equipa portuguesa, o Fenerbahce.
TOTTENHAM X DORTMUND
Parte de um 442 em organização defensiva, com avançados em linhas diferentes (o temível Kane posiciona-se entre centrais e define lado da saída em construção do adversário, e nas suas costas Dele Alli liga os sectores). Defensivamente impressiona a forma como encurta espaços e não deixa jogar, sem nunca baixar as linhas, ligando assim com enorme qualidade a transição sempre bem definida por Lamela e Erikson que surgem dentro e com Dele Alli desequilibram permitindo a Kane aparecer a explorar a finalização.
Em organização ofensiva os centrais abrem e a primazia é sair apoiado, seja pelos centrais ou por um médio que baixa. É nesta fase onde Dier a fazer uma época inacreditável assume preponderância na construção, seja jogando como médio ou como central. A eliminatória está condenada. Mas o Tottenham deverá aproveitar o baixar da guarda do Dortmund para vencer a partida.
Dortmund a meio gaz depois de praticamente ter selado o apuramento na primeira mão. A equipa alemã é hoje uma das mais fortes em posse de toda a Europa. Centrais que atraem e desequilibram logo na construção. Weigl e Gundogan que transformam construção em criação se recebem mais atrás, mas também se mostram capazes de criar dentro do bloco adversário. Aubameyang, Reus e Mkhitaryan os mais adiantados com uma qualidade impar na forma como saem rápido, decidem e combinam nas costas ou entre linhas adversárias. O Dortmund guarda a bola e no momento certo lança os desequilíbrios dos três da frente. Apesar de tantas virtudes, o tranquilizador resultado da primeira mão levará a Inglaterra uma equipa em gestão do seu esforço. Fora, perante um adversário forte, é bem provável que caia. Na partida. Não na eliminatória.
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