Modelo de jogo e de treino. Aberto vs Fechado

‘The other thing you need is imagination. That’s so important. Not just imagination from me but imagination from the players around me. You can compare it with the receiver and the quarterback in American football. Sometimes the camera from behind shows there is nothing there. Then the quarterback throws the ball and then slowly you see the picture expand. It’s like a puzzle. Finally, where he’s thrown the ball, you see the catcher move to receive it. That’s a little bit like what I was doing. You need the pace on the ball, and both of you have to have the vision. In American football, of course, everything is about patterns and they practice it day-in day-out. But in football you can’t practice. It’s not like you have a timeout and the boss says: “OK Dennis, we’re going to do this pattern and Patrick is to know that Patrick is moving, and then you make sure there’s the right pace on the ball, and he’s not offside. And the timing has to be right, and you have to get all angles and the maths correct . . . But I always liked that sort of precision. It’s like solving the puzzle.’

Mais uma declaração interessante neste brilhante livro. A brincadeira do Star Wars, que podia ter sido outra qualquer, entra neste caminho. Este jogo tem uma complexidade tão maior do que os outros, que só pensando nela de forma aberta se consegue tentar entender. A relação de 1, com os outros todos, mas também com tudo o que o rodeia, torna todas as variáveis super relevantes para o desfecho final. Seja esse desfecho um passe, uma posse de bola, um jogo, um torneio ou um campeonato. Logo, se todas as variáveis são relevantes, a base do treino e da ideia de jogo nunca pode ser algo fechado e amplamente “controlado” pelo treinador, já que tudo muda a todo o instante. Por fechado e amplamente “controlado” pelo treinador, falamos de exercícios ou tarefas de treino em que as coisas acontecem de forma pré-definida. A passa para B, que recebe para a esquerda e depois de passar para C corre para o corredor blablablabla. São tarefas completamente fechadas, e ainda que possam fazer parte do treino (por qualquer razão facilmente justificável por quem planeia), nunca podem ser a sua base. A base do treino deve ser aberta, tal como o o jogo. O que não quer dizer que seja livre de princípios comuns. A relação do individuo com os seus colegas, adversários, condições climatéricas, momento do jogo, tamanho do campo, tabela classificativa e mais um infindável numero de variáveis, deve ser promovida em todos os momentos. Só quem em treino se consegue relacionar de forma favorável com o jogo vai estar pronto para o fazer em competição.

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*