
SHAKTHAR X SEVILHA
Shakthar a receber o Sevilla na gélida Ucrânia.
Equipa de Mircea Lucescu, desde bem cedo uma das candidatas a vencer a prova.
Parte de um 4231 a excelentemente apetrechada equipa ucraniana. Defensivamente percebe-se a preocupação com os grandes princípios. Superioridade na zona da bola, envolver toda a gente na situação de jogo, baixando extremos para trás da linha da bola, mantendo-os dentro. Médios centros sempre a funcionar sem bola em 1+2. Uma cobertura atrás da linha média formada por extremos e dois médios centro.
Ofensivamente muita qualidade na transição pela velocidade a que Taison e Bernard se movem sempre com bola junto ao pé e de cabeça levantada, criando desequilíbrios no 1×1, atraindo marcações para soltar em espaços vazios onde aparecerá o ponta de lança. Presumivelmente o poderoso Ferreyra.
Em organização ofensiva há qualidade técnica para jogar em espaços mais curtos, embora por vezes fique a sensação de que querer fazer tudo demasiado rápido aumenta o número de perdas, deixando a equipa mais susceptível à transição rápida e assertiva dos espanhois.
Ideias ofensivas são a marca de Emery no Sevilla. Parte dum 4231 no momento defensivo, com ponta de lança entre centrais, procurando cortar linha de passe e condicionar lado da saída para o ataque do adversário, para um modelo de grande desdobramento ofensivo. Muita mobilidade, com várias trocas posicionais em organização ofensiva. O lateral esquerdo transforma-se em extremo (Trémoulinas estará ausente e tal é um problema), passando Reyes ou Konoplyanka a pedir a bola mais dentro. No lado oposto, a mesma dinâmica. Banega, um grande talento sempre a mostrar-se disponível para receber no corredor central liga toda a equipa. Um carrossel de futebol ofensivo.
Deverá baixar linhas e procurar sair em contra-ataque. Mesmo que a sua matriz seja ofensiva.
VILLARREAL X LIVERPOOL
Mais uma semi final de grande nível.
Em 442 receberá o Villarreal o poderoso Liverpool.
Os 4 da frente com movimentos complementares. Os apoios de Soldado, em simultâneo com as rupturas de Bakambu para as zonas aclaradas pelo espanhol. Suaréz partindo de fora para dentro, em condução sempre a definir com imensa qualidade e Jonathan a ligar a construção com os jogadores da frente, prometem impacto. Sem bola, as linhas próximas serão uma dificuldade à criação adversária, mesmo que na sua primeira fase defensiva não pressione com agressividade.
Deverá partir de uma postura expectante mesmo que com bola seja sempre protagonista a equipa de Toral.
Liverpool de Klopp em 4231. Em organização defensiva pouco trabalhada a equipa do alemão. Posicionamentos definidos pelo sistema e não pela dinâmica. Ausência de coberturas e de trabalho posicional da última linha em função da situação de jogo. Também na transição defensiva há dificuldades. A qualidade da sua ultima linha não está à altura da história do clube.
É com bola que surgem as melhores ideias do Liverpool, ainda que faltem jogadores diferentes para que a orquestra de Klopp seja mais atraente.
Coutinho fantástico a receber e a conduzir de fora para dentro, procurando combinações curtas pelo corredor central entre linhas, sempre de cabeça levantada para servir Firmino na profundidade ou finalizar ele próprio o que cria.
Jogo de imenso equilíbrio, de grande tendência ofensiva.
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