
O conhecimento sobre o jogo aumenta e já se discute hoje a qualidade e sobretudo a importância de Cristiano Ronaldo no modelo português.
Torna-se mais claro de perceber quando no último minuto da partida a selecção portuguesa beneficia de um livre tão ao jeito de Raphael, que conta já com um histórico importante de golos em livres daquela zona, e… não é o miúdo a cobrar o livre. Porém, isso ainda é o menos importante.
Por hoje, com o país magoado pelo resultado da estreia no Europeu muito se debate tiques de vedetismo ou o inacreditável ego que Cristiano tem para alimentar. A sua personalidade é um entrave ao desenvolvimento de um jogar colectivo, naturalmente.
Não se ignore, porém, o que é mais importante e que no fundo despoleta tudo. A falta de qualidade de Cristiano na tomada de decisão. Como referido por cá há imenso tempo, o português não acrescenta nada ao jogo da sua equipa que não os golos que marca. Fá-lo em quantidades industriais e tal é suficiente para justificar sempre a sua presença em campo. Como sucedia com Jardel, por exemplo. Mas, por amor de Deus não queiram alimentar discussões sobre o melhor do mundo. O jogo é mil vezes mais que rematar à baliza. Para que esse momento chegue há todo um trabalho para trás tão trabalhoso e ainda mais difícil que somente finalizar que… tem de ser feito!
Alimentar a discussão sobre o melhor do mundo lançando do baralho um jogador cujas únicas qualidades se resumem ao processo ofensivo e a uma só fase é renegar tudo o que é o futebol nos dias de hoje.
Cristiano vai voltar a marcar e muito. Aí as dúvidas dos menos elucidados voltarão. Por cá afirma-se o mesmo de sempre. O português não vive no mesmo planeta do pequeno argentino que constroi, cria e finaliza.
Seja por vaidade, ego, ou simplesmente por incapacidade de perceber o que é melhor para a equipa, nunca alguém com tamanho nível de tomada de decisão que Ronaldo apresenta nos jogos por Portugal poderá entrar em lutas por prémios individuais que não relacionados com o número de golos que marca.
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