90 Segundos sobre a vertente estratégica. Maldini.

A crítica que muitas vezes fazemos nunca tem em conta a vertente estratégica ou humana (do ponto de vista da gestão de grupo) que um treinador faz. E por isso, demasiadas vezes injusta. É natural que um treinador possa pensar que um jogador pelas características que tem pode ter mais impacto quando o jogo vai mais de encontro ao que pode dar de melhor. E se o jogador estiver consciente disso, de que apenas se espera pelo melhor momento para ele aparecer tanto melhor será. Temos o exemplo extremo de Moutinho e Eder que tiveram imenso impacto no prolongamento por estarem mais frescos. Mas Renato e Quaresma, jogadores selvagens com características marcantes são o “melhor rosto”, o melhor exemplo, para esse pensamento. São jogadores que precisam de espaço, e de tempo, para que possam ser melhor sucedidos e por isso o facto de os guardar no banco para depois do jogo abrir romperem (Renato mais fisicamente, Quaresma mais tecnicamente, e os dois pelo atrevimento) pode ser uma estratégia que o treinador definiu para que os jogadores, e com isso a equipa, possam suceder. Olhe-se, por exemplo, para Coman. Alguém percebeu a diferença entre ele e Payet no jogo da final? E alguém é capaz de dizer no seu perfeito juízo que Coman é melhor do que Payet? Não. O jogo apenas estava mais para um do que para outro. O risco é o jogo nunca chegar ao estado que o treinador pensou, mas há que fazer escolhas e elas nunca são fáceis.

1 Comentário

  1. Sobre isso dos jogadores que são mais decisivos entrando que estando lá desde o início, queria apenas acrescentar: Juary.

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