No Porto vai surgindo um menino que fugiu de Lisboa

Por entre os testes e as oportunidades que Nuno vai dando a todos os jogadores para se mostrarem, vai-se revelando mais um menino com muita qualidade. João Carlos Teixeira. Com o atrevimento que caracteriza os melhores no momento de assumir o risco, e com a qualidade técnica que lhe permite ir ultrapassando a contenção que lhe vai aparecendo. Tem o jogo na cabeça. Não faz um movimento sem ler primeiro a forma como o adversário se posiciona. Em tabela para progredir, em drible para ultrapassar, em passe para furar, fica na retina cada toque que dá na bola. Demasiada criatividade para ficar de fora regularmente, sabendo-se que a maior dificuldade de um grande é jogar nos reduzidíssimos espaços que o adversário lhe concede.

Da mesma geração de João Mário, falta apenas mostrar-se no escalão principal Filipe Chaby.

PS: Como conciliar Bueno, Corona, Brahimi, e Teixeira, percebendo a grande qualidade de todos para jogar sem tempo e espaço? Como criar um estilo de jogo que aproveite a qualidade de cada um, associando todos?

PS1: Hoje o Porto volta a ter um plantel com soluções ofensivas capazes de desmontar por dentro e por fora, ficando apenas por perceber se há qualidade defensiva.

PS2: É sempre muito difícil a vida dos treinadores que chegam, principalmente quando não há uma base bem definida. Por entre treinar os comportamentos que se querem, e ter a oportunidade para conhecer os jogadores em diferentes situações, tudo se torna demasiado instável. Nos próximos tempos, quando se perceber bem quem serão as apostas e quem ficará de fora, poder-se-à fazer uma análise melhor. Até porque nem o próprio treinador é capaz de prever, ainda que aqui e ali vá tendo uma ideia, quem se irá impor com maior facilidade e quem cairá ao longo do processo.

16 Comentários

  1. Que problemas advêm da colocação dos jogadores que referiste no primeiro PS em campo na mesma altura ? Pode parecer uma pergunta parva mas se considerares que todos os jogadores são iguais e capazes de reproduzir as ideias do treinador não vejo qual seja o problema de ter esses 4 em campo ao mesmo tempo..

  2. Do que vi tbem gosto,ano passado no liverpool e este ano no fcp na pré época,mas nao sei se pela falta de jogos ou é uma caracteristica intrínseca,por vezes esconde se…fica a sensação que precisa que lhe digam o quanto é bom.

  3. Olha que ele não fugiu de Lisboa, apenas foi lá passar uns tempos. Mas sim, percebi o que querias dizer 😛

    Vai ser precisa muita coragem para deixar de fora Danilo, Herrera ou André André. E ainda jogar o Rúben Neves.

  4. Soluções em 4x4x2:

    GR – Casillas, José Sá, Gudiño

    DD – Maxi, Varela

    DC – Cont, Marcano, Filipe, Reyes/Indi

    DE – Telles, Layun

    MD – Danilo, Rúben

    MC – Herrera, André André, Evandro (Sérgio Oliveira)

    MD – João Carlos, Corona, Otávio

    ME – Brahimi, Josué

    AV – Bueno, Adrián López

    PL – André Silva, Aboubakar

    Que acham?

  5. O João é um excelente jogador que tomou a pior opção para a sua carreira quando era jovem. É uma pena que desta geração só o João Mário tenha tido efetivamente sucesso. O Chaby então foi uma desilusão derivada de um conjunto de acontecimentos infelizes (aquela lesão na época em que ia ser aposta…)

    • David, tantas vezes falamos do futuro dos jogadores e esquecemos que as opções de carreira têm um papel fundamental no desenvolvimento ou estagnação e até regressão dos mesmos.

    • O Chaby teve um duplo azar. Ter tido a lesão e ter sido emprestado a uma equipa que nunca iria jogar, e não era por haver melhor que ele.

    • “O João é um excelente jogador que tomou a pior opção para a sua carreira quando era jovem.”

      Caro David Manteigas

      Discordo, JCT tomou a melhor opção profissional: obteve um melhor contrato, muito superior ao que o Sporting lhe poderia oferecer, além disso, iria para um clube histórico, o Liverpool, jogaria numa liga mais competitiva e com maior visibilidade.

      JCT, brincava muito nas selecções jovens o que lhe fez atrasar a sua evolução futebolística.

  6. Superleao
    Ainda não percebi essa tua teoria de brincar na selecção.
    Os melhores jogadores do mundo sempre frequentaram as respetivas selecções e não foi por isso que passaram a ser melhores ou piores jogadores, ou deixaram de ter oportunidades. Aliás, alguns jogadores até se valorizaram nas selecções (Indi à cabeça).

    • Caro Bruno Jardim

      Eu encaro essa situação das brincadeiras nas selecções como um problema que os dirigentes dos clubes/sads precisam de resolver, pois parto do princípio que os jogadores desvalorizam-se nas selecções e prejudicam desportiva e financeiramente os clubes/sads.

      Indi valorizou-se no Feyenoord, na selecção obviamente desvalorizou-se, por isso, foi bastante acessível a sua transferência para o Porto.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*