O Porto hoje em 442. 1ºParte.

A equipa de Nuno Espírito Santo parece apostada em trabalhar desde o início mais do que um sistema de jogo por forma a beneficiar os jogadores. A ideia de ir de encontro ao que os jogadores oferecem é fantástica, mas poderá atrasar um pouco a aquisição dos comportamentos que trabalha em função de cada um dos sistemas.

Notas soltas:

  • Desde logo nota-se em 442 a pouca preocupação em asfixiar sempre o adversário. Deixa espaço para que o adversário se vá aproximando da linha de meio campo, e é aí onde se começam a notar os marcadores de pressão.
  • É certo que tenta pressionar, mas só se a equipa estiver junta e compacta como se vai percebendo pelo feedback do treinador. Prefere baixar linhas e aglomerar a ter jogadores soltos na pressão.
  • Há por isso alguma dificuldade em manter as linhas subidas, e por isso poucos estímulos para a última linha no controlo da profundidade.
  • Percebe-se a intenção de reagir forte assim que perde, pela forma como os jogadores se aproximam da bola para recuperar ou obrigar a bater.
  • Percebe-se, desde já, referências para os primeiros momentos de transição ofensiva onde Bueno aparece com muita qualidade.

Bueno. Em grande evidência com liberdade para se movimentar por onde quiser, no corredor central, e a servir como primeira referência para a transição ofensiva. Pela sua qualidade vai pincelando cada transição com uma perfeição assustadora.

Otávio. Muita qualidade técnica, sem se esquecer do rigor necessário para cumprir com o plano defensivo colectivo juntando aos colegas, e do plano individual para sair na bola no momento adequado. Importante que fique para crescer, ainda que jogue menos. Mas é uma solução viável para jogar por fora ou por dentro.

André Silva. Precisa de jogo, e de perceber melhor quando deve sair da posição, quando se deve associar, quando deve ir embora. Perceber onde e quando deve estar para dar seguimento, ou quando deve ir embora para abrir espaços e depois finalizar. Está nas mão dele fazer uma época como protagonista no onze inicial de um grande, afirmando-se desde logo.

Filipe. A sua capacidade física e nos duelos impressiona, e é demasiado importante num campeonato onde a esmagadora maioria dos adversários joga pelo ar. Precisa de defender-se porém, para que tecnicamente, na tomada de decisão, ou em em termos de posicionamento defensivo não comprometa.

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