Mas é para correr ou não é para correr?

Nos tempos recentes e com a cada vez maior aceitação da tomada de decisão enquanto factor diferenciador do jogo em detrimento de aspectos puramente físicos ou técnicos, muitos foram os que talvez enganados pelo conceito menos lato do termo passaram a referenciar a “agressividade” como um termo negativo quando associado ao futebol.

De repente parece que aumentar a passada, ser mais rápido, ou comer kms são coisas negativas.

Impossível que alguém que vivencie as experiências deste jogo enquanto agente que participa efectivamente nele pense de tal forma.

Correr muito ou correr rápido não tem necessariamente de significar correr mal. Há partidas de intensidade tal (por intensidade, entenda-se velocidade a que as situações de jogo se alteram) que é impossível estar bem sem responder ao contexto, à situação de jogo. E quando pensamos no momento defensivo, a agressividade (velocidade / determinação) com que se entra na situação de jogo, garantindo superioridades é decisiva.

Quando se fala em agressividade, pensando na velocidade com que se sai para contenção, com que se ajusta o posicionamento, na forma como se abordam duelos individuais (determinação de os vencer), só se pode pensar em algo positivo e de importância grande no resolver das situações que o jogo traz.

Circula pela internet um momento menos agressivo de William Carvalho. E percebe-se que se aquele é um padrão do jogador em questão, o seu nível ajusta-se somente à realidade portuguesa. Não se pode é andar o tempo todo a garantir que no futebol correr / ser agressivo é mau e depois lançarem-se larachas contra o médio leonino…

Coerência, meus senhores.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

57 Comentários

  1. A mim parece-me que o problema foi mesmo a tomada de decisão. Se estás cansado e se não vais conseguir recuperar depois de um sprint para cortar a bola deixando a tua equipa descompensada e mais vulnerável no contra-ataque, não me parece a melhor decisão ires tentar fazê-lo.

    • Se revirem bem o lance William comunica com os seus colegas, antecipando o que poderia acontecer. Ele viu que numa primeira fase a equipa portuguesa estava em superioridade numérica e mesmo assim acompanhou sempre o lance. É de salientar que a equipa deve conhecer os indicadores e zonas de pressão e saber onde,como e quando ser agressivos e reagir à perda de bola. Isto é algo que tem de ser trabalhado daqui para a frente para que a equipa em transição e organização defensiva seja competente.
      P.S: no lance do golo da suíça foi um mau comportamento coletivo, e não de um jogador apenas, que permitiu que tal acontecesse

  2. Mas ele te uma falta de dinâmica enorme meu caro. Não percebo o porquê. Aqui em nossas terras vai passando por despercebido porque jogamos contra Feirenses e Tondelas, não existe uma pressão tão alta ao ponto de chegar ao meio campo de um dos 3 grandes. Mas nas competições internacionais é notória a falta de velocidade (em todos os campos, quer de decisão, quer de física, quer de dinâmica)

  3. A malta decidiu colocar o William em foco nessa jogada.

    Na mesma jogada estão três defesas portugueses de frente para o único jogador da Suíça que consegue libertar-se da pressão. À direita vai o extremo que estaria fora de jogo não fosse o deficiente posicionamento de quem está à esquerda da defesa naquele momento. Os defesas estão totalmente desalinhados e a ocupar mal os espaços que dão para a sua baliza.

    O problema do William é estar envolvido num colectivo de grande qualidade e que reage muito bem a estas situações. 90% destes lances não acontecem com equipas do Jorge Jesus porque sabem defender com capacidade lances com menos homens e o William acaba por ficar numa primeira linha para iniciar a construção.

    Vendo bem as coisas, o William até é dos menos culpados. Mas lá está, se já ouço malta a chorar pelo Danilo é porque os que correm sem saber porquê continuam a ser sempre mais valorizados.

    • Concordo em absoluto que Pepe, Fonte e Guerreiro, defendem pessimamente. E têm mais culpa no lance que William. Mas não é esse o foco do texto, que nem é para culpar ninguém.

  4. O problema está em achar que este erro significa que o William, ou outro qualquer, não é um jogador agressivo na ocupação dos espaços.

    É e está cada vez melhor, no entanto errou.

    Um bocado como a tomada de decisão, até o Iniesta cometeu erros, faz parte.

  5. E nem sequer acho que seja particularmente grave a falta de agressividade neste lance. A Suíça sai numa situação de 2 vs 5, o que deveria ser suficiente para resolver a jogada sem grandes problemas mesmo que o William estivesse sentado a curtir o seu gin e a fumar aquele cigarro.

    Até digo mais: não me parece nada improvável (bem pelo contrário) que o William, dados os estímulos que recebe há mais de um ano do JJ, tenha olhado para a situação de jogo, visto a situação de superioridade tremenda da selecção e já estivesse a pensar quando é que receberia a bola. O problema é que, neste jogo, estava numa equipa de 11 bons rapazes que não faziam ideia do que andavam para ali a fazer, sobretudo sem bola.

    Não o consigo crucificar como toda a internet o tem feito. Não vejo nada de especial no facto de ele vir em corrida moderada (e sempre próximo da situação de jogo) dado o facto de estar a decorrer um 2 vs 5. A única acção que me parece errada é logo no primeiro momento, em que ele tenta adivinhar o passe em vez de fazer logo a contenção no suíço que recebe a bola. E mesmo aqui não acho particularmente grave, porque se o William sai no gajo que recebe a bola, este dava de primeira no colega do lado, que estava completamente à vontade. De resto, dado o contexto, acho normal.

    P.S.: engraçado que o foco da ira seja o William em vez dos 5 galhardos lusitanos que andam doidos atrás de fantasmas durante mais de meio campo. Aliás, o William acaba o lance posicionado onde está habituado – à entrada da grande área, no espaço à frente dos centrais. Todavia, dado o rigor defensivo daquela “linha”, o passe entra nas suas costas, sendo que o Cédric, de tão concentrado que estava, já não consegue conter o remate do suíço.

    Mas enfim, isto são fait divers. No sábado, tudo correndo normalmente, já vamos ter um William diferente. E, provavelmente, vamos começar a ouvir falar do William como mais um dos que “joga bem no clube, mas na selecção é o que é… Mais vale ter lá o Danilo, que é mais raçudo e é melhor defensivamente”.

    Abraços

      • “A selecção não defende como WC está habituado, e por isso WC fica e outro qualquer que defenda com outros princípios fica exposto.”

        Caro Blessing

        E ainda há muitas pessoas a tentar retirar ilações sobre o valor desportivo e financeiro dum jogador a partir de jogos das selecções.

        A avaliação dos jogadores é para ser efectuada nos clubes onde fazem 40 a 50 jogos por época, todas as semanas, ao sol e à chuva, no Verão e no Inverno e não numas brincadeiras nas selecções.

        No lance mencionado, o que causa “desconforto” é que o árbitro “corre mais” do que WC. É isto que torna cómica qualquer “defesa” da actuação de WC.

      • Blessing,

        Obviamente que o William sabe que a selecção não defende como o Sporting, logo não pode ter os mesmos comportamentos, mas antes tentar adoptar comportamentos que ajudem a corrigir os erros dos colegas. Ora ficar de cadeirinha a observar a casa a arder, é tudo menos isso.

        Pepe num primeiro momento tenta colocar o adversário em fora-de-jogo, como isso não resulta, faz o que o faz sempre no Real ou na selecção, recuar dando condição aos adversários. A partir desse momento, o comportamento do William, dada a inferioridade numérica da Suiça e da impossibilidade de remate do adversário deveria ser tentar antecipar a linha de passe por forma a evitar que o mesmo acontecesse.

        Um jogador que reage da mesma forma perante situações diferentes ou é burro ou se está a borrifar para a situação.

  6. Parece que andas a ler as minhas conversas, de tão perto que este post passa de assuntos comuns entre amigos meus.

    Contudo, e para ir ao cerne da (nossa) questão, o que achas da métrica dos kms percorridos por cada jogador?

    É válida, desprezável, ou completamente dependente do contexto do jogo e do jogador?
    Fará sentido usá-la para avaliar alguma coisa, concretamente?

    • Penso que é relativo. costuma-se dizer que um jogador inteligente nao tem que correr muito. o bom posicionamento é meio caminho andado pra nao ter que correr muito. Veja-se o caso de Xabi Alonso, Busquets, entre outros…

  7. Mas não é o William, pois não? É toda a defesa, que anda perdida, a olhar para a bola e a esquecer onde a bola vai estar. Eu dou esse vídeo à idiotia da clubite. Já o golo, admito que tenha a ver com um momento de falta de concentração competitiva, porque não me parece que os jogadores não entendam que aquilo foi um buraco de todo o tamanho.

    • Não é o principal responsável pelo desenrolar da jogada. Não é o que comete os erros capitais que dão o golo. Tem a sua quota parte, mas mto longe de outros que poderiam facilmente ter parado o lance. Mas o texto é sobre outra coisa que o lance dá exemplo.

  8. A falha é totalmente colectiva. O WC falha, obviamente, e essa falha foi isolada e extrapolada de forma muito mediática, mas se olharmos para os restantes comportamentos, individuais e colectivos, facilmente percebemos que uma equipa de JJ, por exemplo, nunca sofreria aquele golo.
    E nem sequer é uma situação de desvantagem numérica…

  9. Correr, mas com um objectivo definido, para não se cair no ridiculo, como WC neste lance.

    Foi apenas um espectador, num lance em que ele poderia e deveria ser alguem que fizesse aquilo que o lance pedia.

    WC sempre teve dificuldades em transicoes defensivas, e quando apanha jogadores com mais de duas velocidades.
    Já os primeiros 30/40 min na final contra a França passámos um mau bocado devido ás suas deficiencias nesse aspecto.

    Se calhar é por estes lances que WC ainda joga em Portugal. Se toda a gente vê isto, não acredito que os gabinetes de análise/scouting dos grandes clubes tambem não os vejam…

    Abraço

    • Baresi,

      E o que é que o lance pedia por parte do WC? Sendo que pedindo a William, nada pediu a Cedric ou a Moutinho que vem de trás e a ver o desenrolar de toda a jogada, correcto?

      • Pelo menos que não perdesse a noçao de onde estava o seu adversário directo, que tem mais hipóteses de fazer o golo na posição central do campo.
        Já não digo para ir atrás do jogador que tem a bola, porque não ia lá fazer nada.

        O foco principal da transicao tem de ser a bola em primeiro lugar, mas tem-se que ter a noção do espaço e dos adversários.
        Nunca um médio que jogue naquela posicao pode deixar um jogador da equipa contrária receber, enquadrar e rematar daquela forma, como se fosse uma peladinha.
        E nessa altura a Suiça estava 3X6, e o jogador que marca o golo estava só na área de WC.

        • Sendo que o marcador do golo arranca junto a Moutinho e quando WC está de costas para ele…a culpa é de WC? Engraçado!!

          Provavelmente o que tem de se passar a pedir a William é que jogue por ele e pelos outros!

  10. Então quer dizer que na vossa opinião William nao tem mesmo nível para um tubarão Europeu? Eu sou dessa mesma opinião, exactamente pela “lentidão de processos” (muitas vezes tambem é lento com bola, tal como A. Gomes).
    Acho que que William nunca será um grande M.defensivo exactamente por essa falta de “velocidade”.

    • Não te canses mais!! O que me estou a rir contigo bless! Intervieste 3 vezes e mesmo assim… xD

      contenção? coberturas? diagonal corredor central entre tantos outros aspectos que falharam… O PM quer essencialmente fazer ver que com a mudança de um aspecto nas capacidades condicionais todo o rumo da jogada poderia ter sido facilmente anulado ou alterado… simple as that

  11. A maior incapacidade aqui revelada é a do pessoal que le o blog, em grande parte sportinguista, em entender o teor do texto. “Vamos la sair em defesa do WC q a culpa nao foi so dele… ”
    Quanto a WC so uma palavra: overrated!

  12. Sim, o post é irónico, lembra os que diziam que o Pogba é mau, e que os André Martins é que são bons. O físico conta, é isso que o post diz, não se fala do lance propriamente. Mas os posicionamentos do Pepe, sempre fundo, como líbero, é muito anos 80.

    • Só não concordo com a parte do Pepe. Não há central neste momento que jogue tão bem numa defesa tão alta como o luso-brasileiro.

    • Sim, tem velocidade para caçar os avançados lá atrás, mas não me parece que a seleção jogue com a defesa alta, não existe controlo coletivo da profundidade. Pepe defende quase em todos os momentos em função do adversário. Por isso é que afunda a defesa, para poder caçá-los, até porque é forte fisicamente (velocidade, força, impulsão). Mas raramente se posiciona em função da bola e dos colegas. Por isso, deixa muitas vezes os adversários em jogo, compensando isso com o físico, justamente. Dá ilusão que defende bem, mas só de certo ponto de vista o faz. Mas, claro, na seleção também não se defende de acordo com bons princípios defensivos, é cada um agarra o seu. Ainda assim, tudo somado, é o melhor central desta convocatória da seleção.

      • Opá…

        A clubite já é péssima, especialmente nestes espaços tipo LE, mas clubite e nacionalistas de pastéis de nata, em conjunto, torna-se intragável.

        O Pepe é o quê? LOL

        O Pepe nem nos 10 melhores centrais do mundo entra, quanto mais com espaço nas costas. Aquela passada larga e os dentes sempre à mostra resolvem alguns problemas. Tirando isso, o homem é bom mas não é (pelo menos para mim) um dos melhores centrais do mundo.

        Longe disso. Muito longe.

  13. Para jogar na seleção, naquela ‘ideia religiosa’ de jogo que Fernando Santos implementa, realmente fará mais sentido colocar o Danilo ou outro jogador tipo Gattuso.
    Gajos como Busquets, Xabi Alonso, Paulo Sousa ou até mesmo Guardiola teriam muitas dificuldades em jogar nesta equipa…

    Este título europeu poderá ser um entrave ao progresso dos nossos jogadores, oxalá me engane.

    Bom post, abraço

  14. e o busquets e o xabi alonso conseguiam fazer melhor?claramente uma falha coletiva,quanto ao tema do texto..rinaudo estava em todo lado batia em toda gente…mas nunca estava onde era preciso…

  15. A ideia de jogo do F. Santos é tão má, que nem sei o que isso diz dos brilhantes estrategas que nunca atingiram objectivo nenhum. A Malta teoriza muito, radicaliza mais e não se enxerga. Quanto ao post, o físico e a agressividade são fundamentais, o jogo evoluiu para jogadores que são atletas físicos, não acompanhar isso é meio caminho para não ser competitivo.

    • Silva, na mouche!! Às vezes apetece perguntar a alguns desses brilhantes estrategas,se não acham que o futebol poderia ou deveria ser, ao mais alto nível, jogado em equipas unissexo. Afinal de contas se a tomada de decisão é o mais importante, porque não haver mulheres a jogar com os homens? E sim, eu acho que a tomada de decisão é extremamente importante, tal como a capacidade física e a agressividade, ou vontade, de ganhar toda e cada disputa de bola!

  16. Ora bem temos q ser agressivos. Mas ilucidem me.. Não esta o William sempre bem colocado nesta situação de jogo?? Deviam fazer uma análise a esta jogada cm as imagens paradas e o posicionamento q cada jogador devia ter adoptado.

    Pepe a mostrar q é bom(beiro) pq é máquina a apagar fogos mas inteligência é zero..

  17. Pelos comentários que tenho lido, o Blessing já salientou que o texto não tem o objetivo de culpar o William, e salienta a importância que as capacidades condicionais e a determinação e agressividade continuam a ter atualmente.

    Quem achar o contrário é porque simplesmente não conhece o futebol profissional. Os Iniestas e Xavis não correm aos 11 e 12km, se for preciso? E quando a equipa está sem bola, não dão ao pedal para fechar os espaços mais relevantes, de acordo com a organização da sua equipa?
    Puyol não era craque? E não compensou o ser mais baixo com uma agressividade e determinação muito acima da média, mesmo para o futebol de alto nível?
    Quem olha para um Rakitic, por exemplo, só vê unicamente qualidade técnica e na tomada de decisão, ou vê algo mais?

    Quem costuma estar atento aos jogos do William sabe, de facto, que isto é um comportamento padrão dele. Simplesmente no Sporting não acontece tantas vezes este tipo de situações, mas quando acontecem passa-se exatamente o mesmo em relação ao William.

    Posto isto, gostaria de perguntar: o que é que vocês fariam se soubessem deste ponto fraco (para mim é um ponto fraco, embora não haja jogadores perfeitos)?

    Porque se pensarmos bem, de certeza que o Marco Silva e o JJ não são burros nenhum e já tentaram de algum modo corrigir este aspeto do William. E pelo que vemos regularmente dele, ainda ninguém teve sucesso.

    Será que é simplesmente uma caraterística que vem com ele, e que não se vai alterar nele?

    • Blog de Portugal,

      Não há nada de mto importante para corrigir no William. As suas qualidades e defeitos são somente características. William é um produto agressividisticamente e fisicamente acabado, ponto, é como os jogadores altos e franzinos dos anos 70 (como o bigode aliás sugere …). William é agressivo mas em círculos pequenos, círculos nos quais se movimenta imensamente bem pq se antecipa a muita muita coisa. Podem existir aspectos posicionais a corrigir (qq jogador poderá sempre melhorar nessa esfera) mas agressividade não. Para William se tornar num cão raivoso teria de lhe acontecer uma tragédia qq pessoal que o mudasse completamente o perfil mental. William é um artesão, uma mistura muito interessante de delicadeza mas também poderio físico pq como se diz mais abaixo, ele n é lento. De todo. Ele por exemplo transferindo-se do Sporting para outro futebol começaria imediatamente a ter de correr mais, coisa que está perfeitamente ao seu alcance por ser mto jovem e ter uma fisionomia e condição física óptimas.

      Podemos igualmente destrinçar entre poderio físico e coração (F. Rinaudo), mas isso seria outra conversa.

    • O erro foi do planeta Terra, que deslocou-se um pouco mais do que era previsto, e fez com que o suiço não estivesse no sitio onde o WC estava correctamente posicionado.

  18. Isto é só andores … Existe uma coisa chamada referências de pressão sem bola em 3 campos destintos… Primeiro momento, bola “salta da pressão” no espaço mais alto da pressão (Pressão – bola)… Segundo momento, a bola entra no espaço de contenção (referência homem – vigilância e marcação, segurança na profundidade – jogo de apoios) – William perfeito, vigiou de perto o homem que vinha nas suas costas , á mesma velocidade que a sua referência)… Terceiro momento – bola entra no espaço defensivo, não aproveitando a clara superioridade numérica, para fazer forte oposição ao portador de bola e ao possível receptor… Por desconhecimento e porque ninguém lhes ensinou isto, no momento certo da formação…recuaram até ao seu espaço defensivo, deixando o condutor de bola entrar por lá dentro sem qualquer oposição… William, mais uma vez perfeito… Colocou-se de frente para o jogo, costas para a sua baliza a entrada da área, garantido presença no espaço central… O que fizeram os elementos que se encontram já recuados no terreno, surgiu o clik normal,… Bola! Assionaram a referencia bola, saltando na pressão… Bola entra de fora para dentro, atravessando toda a linha defensiva, e lá estava o homem solto, porque a linha caiu toda para o lado da bola! … As tomadas de decisão – táticas, estao ligadas intrinsecamente com o conhecimento que os jogadores tem do jogo! … Repara, não ne admirava nada , que no lugar do William se estivesse o Danilo, a correria tivesse sido de tal ordem para o seu espaço defensivo, garantido, para as vistas com menos capricho, diziam, espetáculo, grande intensidade, grande agressividade, grande tonada de decisão… Mas qual decisão? A decisão do conhecimento que ele tem do jogo… nao é de admirar, que o Danilo, rapidamente se esgota e “desiste” do jogo, aliada à pouca disponibilidade intelectual que tem quando a bola lhe chega aos pés… passa o tempo todo a correr e a saltar na bola.

  19. Deixem ver se percebi: a clubite está na Malta que critica a falta de agressividade do WC, não está nos que em resposta comparam sistemática e repetidamente com o Danilo. Aos que responderam ao meu comentário anterior com o exemplo dos médios espanhóis baixinhos, não podiam escolher melhor exemplo para concordar com o que disse. Não é uma questão de tamanho ou peso, o que fascina no Iniesta, Xavi ou Silva, além do óbvio com bola, é precisamente a agressividade e a intensidade no momento da perda. O que distingue as grandes equipas hoje é isso. Qualidade com a bola existe muita, a capacidade de ser intenso em todas as fases é que faz com que prevaleçam no jogo.

  20. Maldini,

    É por isso que William não pode como exemplo comparar-se a P. Vieira: a passada que referes, velocidade de chegar onde é preciso, quando preciso. Mas é incrível como mesmo assim muito raras vezes William é apanhado fora de posição, diz tudo sobre a sua ímpar categoria. E claro pq William não é um jogador lento. Não é nada que se pareça com Pogba (lol) que come tudo à frente (e bem) mas William não é um jogador parado. Há muito tempo disse (quem sou eu para dizer qq coisa sobre isto sei bem mas mesmo assim) que por exemplo no Sporting William podia num certo sentido comparar-se a Oceano mas não muito, por duas razões: William é bem melhor do que Oceano, “Deus” me perdoe afirmá-lo pq amo o Oceano mas Oceano era um jeep. Por acaso nem tinha passada, sequer velocidade, era mesmo tracção pura, género dos 0 aos 10 metros em 3.2 segundos e depois parava. Ímpeto e claro bom posicionamento. Oceano é daqueles que poderia ter jogado em muito melhores equipas do que a Real Sociedad, fora de Portugal.

    Maldini, o que dizes sobre os aspectos físicos do jogo: palavras para quê. Até no futsal a potência física será mto importante (n faço ideia se é) quanto mais num relvado enorme como o de 11. Weah por exemplo, n era a potência física q o caracteriza primeiro mas sem ela seria tudo mto diferente. Ronaldo, Fenómeno, mesma coisa. Ricardo Carvalho igualmente, tinha uma capacidade enorme de recuperar terreno, compensar colegas, chegar rápido onde era preciso.

    Pepe também tem mas de nada lhe vale pq n sabe jogar futebol.
    Qd se soma o saber-jogar ao físico então deve ser uma maravilha para as equipas e treinadores.

  21. Patrick Vieira deve ter sido o melhor 6 de todos os tempos.
    É muito possível porque tinha tudo. Só não teve os troféus pq esses a dada altura só caiam em Manchester e no Chelsea.

  22. Outra coisa: esquece isso do futsal. É claro que é preciso potência, muito mais até que no futebol de 11 talvez. Ir e vir constantemente em sprints para trás e para diante, nah. Joga-o tu.

  23. Quis dizer Sissoko, lá em cima. Não Pogba, n faço ideia quem é, apesar de ter a certeza que n vale 120 milhões pq nada de nada vale 120 milhões, nem sequer Messi pq com 120 milhões constrói-se uma equipa inteira de raiz para ficar nos 3 primeiros da Premier League.

    O Sissoko é que come tudo, sem esforço.

  24. Blessing e PB, já uma vez o fiz, mas reforço: os meus mais sinceros parabens! Há alguns anos eu alertei-vos para uma possivel radicalizaçao da vossa parte. Voces podem nao achar isso, mas para um leitor que seguiu este blog quase desde o inicio, foi para mim obvio. O PB começou com umas ideias, foi aperfeiçoando algumas delas de forma positiva, mas por outro lado sentia-se aquela pulsão exagerada para se focar só nas decisões e no jogo pensado. A tal radicalização que esteve ali à vista. Com o passar dos anos, a experiência terá ditado esta visão actual mais equilibrada. Ainda bem! Vocês não perderam o principal das vossas convicções iniciais, mas souberam adaptar-se ao que terão vivenciado, confrontando algumas das vossas ideias com o que iriam observando. Só revela abertura, humildade e inteligência. A arrogância intelectual que suporta a corrente radical que aqui é criticada, impede-os de evoluir. Ironicamente, presumo que os fãs mais hardcore deste blog, sejam da ala radical…a necessitarem urgentemente de nova evangelização.

  25. O que para aqui se escreve não releva de clubite aguda ou estupidez pura.

    O jornalista do El Mundo é que é mal intencionado (e não aprendeu nada com os colegas da Bola, Record e Jogo):

    “Se houve algum futebolista com que Jorge Jesus teve especial cuidado foi Modric, sempre coberto. A situação obrigou Casemiro a multiplicar-se na zona dominada por William Carvalho, sempre ao primeiro toque. Este gigante faz lembrar Yaya Touré, ainda que sem a sua verticalidade. Existem dois tipos de velocidade, a física e a mental. Num médio-centro é mais importante a segunda. O português tem-na. Por vezes arranca, dando soluções rapidíssimas.”

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