
É com alguma frequência que ouvimos dizer que os melhores jogadores são aqueles que sabem o que vão fazer antes de receber a bola.
Não negando a importância dessa recolha de informação prévia, acredito que os melhores serão aqueles, que embora tenham uma ideia do que fazer, conseguem adaptar de forma rápida e assertiva a sua ação.
O contexto de jogo varia a uma velocidade tremenda e nem sempre os cenários que existem antes da receção da bola, são os mesmo que se encontram quando a bola chega ao portador.
Será, portanto, necessário existir uma capacidade de ajuste face ao contexto imediato.
Observamos Pizzi e embora tenha verificado o que rodeia, não se apercebeu do adversário que se aproximava pelas costas. Imagino que antes de receber tenha pensado em colocar a bola em Jiménez, mas, depois da receção, a situação mudou.
A sua capacidade de ajuste fez a diferença e acredito que seja isso que distingue realmente, os melhores.
ia usar esse mm video do Varela 🙂 Até já o cortei! Está óptimo! Vou usar para mostrar outra coisa.
grande post…mais um!
Ahah, ótimo. Ele tem um lance semelhante na segunda parte também..um passe que era para o Brahimi.
Obrigado 😉
Já agora…neste video dá para perceber o que referi sobre ele na BTV… está o tempo todo a tirar fotografias ao que o rodeia…por isso sabe onde está o espaço, mesmo que esteja de costas para ele..
Com um pequeno pormenor, arriscado mas perfeitamente compreensível, eliminou 2/3 jogadores da jogada e conduziu. Excelente. Mas depois disso poderia ter dado em Jimenez que estava sozinho entre-linhas (o problema depois era o que Jimenez faria a seguir, mas ficava numa situação de 4×4 quando após a decisão de Pizzi a situação passa para um 5×6)
Imagina se ele tem perdido a bola!! caiam-lhe todos em cima.
Fantástico
Pena que a maior parte só lhe deiam valor agora (que marcou 2 golos), quem (para mim) nem foi das melhores exibiçoes dele
Esta eh a grande diferenca entre a psicologia ecologica, e as teorias que dizem que funcionamos como os computadores com input – processamento – decisao – accao.
Um robot, nunca tinha conseguido ajustar porque o estimulo que recebeu nao continha a informacao do adversario a chegar.
Este lance é um bom exemplo de mais uma não-decisão. Um computador SÓ toma decisões: processamento hiper-veloz de informaçao e tomada de decisões sempre correctas, e é isso que faz do computador uma máquina inteligente.
Pizzi aqui não tomou uma decisão. Jogou como jogou porque além de muito inteligente é um jogador 300% intuitivo.