Condução em superioridade numérica e timing para soltar

Tanto do que não deve fazer, exemplificado por Elias.

Entende-se perfeitamente, e acaba por ser uma boa solução, ainda que pareça aleatória, a forma como inicialmente acelera sem ser na direcção da baliza, mas não perdendo corredor central, porque é essa decisão que permite ao colega desmarcar para a sua esquerda (temporizar permitiria maior aproximação da defesa em perseguição). Não pode nunca em vantagem numérica optar por um passe que entre por fora dos defensores, sem permitir ao colega chegar às costas do mesmo. De 3×2 há que retirar sempre no mínimo um elemento da situação de jogo. E no mínimo não colocar a bola no corredor lateral em condições deficitárias para quem a receberá.

Faltou fixar oposição. Se não fixa, apenas deve soltar se é para uma bola que entre por dentro. Nunca por fora.

Qualidade técnica e qualidades físicas em mais um exemplo de como a tomada de decisão é o cimento que colando tudo eleva qualidades e aproxima jogadores e equipas do sucesso.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

7 Comentários

  1. Este lançe tirou-me do sério. Só me lembrava do que se falava por cá. Parece tão simples, mas tantos destes saiem estragados.

  2. É incrível a facilidade com que se pode estragar um ataque perigoso. Será que o jogador percebeu isso?
    Ou melhor os jogadores em média têm capacidade de perceber que deviam ter feito melhor e porquê?

  3. Por acaso imaginei que esta jogada viesse a ser dissecada aqui. Não me enganei.
    Péssimo. Mas mal também Markovic que, na minha opinião, poderia ter cruzado atrasado para Elias, que vinha sozinho. E Markovic, se não tinha a certeza que, bastaria ter olhado a conferir. Corrijam-se me estiver enganado.
    Abraço

  4. Nesse lance o Elias foi tao preciptado que matou a jogada e uma das coisas que os colegas tambem poderiam ou deveriam fazer era abrir um pouco mais para obrigar os defesas a escolherem ou acompanham e deixam Elias entrar ou ficavam e Elias soltava com melhor critério.
    Para mim erro dos 3

  5. Sou um leigo e se calhar vou dizer uma asneira, mas parece-me que se o Elias pensou na devolução por Marcovic, não terá pensado mal de todo. Não?

    • passe saiu mt esticado para isso… deveria ter fixado… depois fazia o passe… se o defesa conseguisse c um grande sprint apanhar o marko…ai o marko tocava atrás de bola no elias… mas td mt mais perto da baliza, no corredor central

  6. No estádio também fiquei com essa ideia, fruto, em muito, do que aqui se respira. É bom ter esta validação.
    Tenho memória de um outro lance, que serviria de contraponto a este, com os mesmos interpretes, minutos depois, mas em situações distintas e, claro está, com desfecho bem diferente: Markovic deixa Elias em posição para fazer gola e este, num remate com efeito, atira ao lado.
    Posso estar errado, mas entusiasmei-me e gostava da vossa opinião, por favor 🙂
    Obrigado

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