Não ter bola implicará sempre que nunca se controle o resultado. A qualquer instante, numa fatalidade, numa bola parada, num erro, o aparente controlo cairá e o golo adversário poderá surgir.
Há, porém, quem consiga controlar o jogo sem bola. E comportar-se de tal forma coordenada e com princípios tão importantes como coberturas, equilíbrios e concentração no centro de jogo, que parece que por mais que se tente, não cederá.
Antonio Conte, um dos melhores treinadores da actualidade, parte do controlo defensivo e do jogo sem bola para posteriormente procurar ofensivamente o “lucro”. Tem a invulgar soma de apenas dois golos sofridos nas últimas oito partidas na Premier. Sensivelmente a partir do momento em que “acentou” ideias.
No momento específico de organização defensiva é uma das melhores equipas europeias.
No “Das Reboot – Como a Alemanha se reinventou e conquistou o mundo” é referida uma tendência do futebol mundial. Uma percentagem demasiado grande de golos nas melhores ligas europeias, surgem entre 5 a 7 segundos após a perda da bola no último terço.
O jogo é hoje totalmente diferente do que encontrávamos há uma década atrás. Perceber os momentos e ter comportamentos e estratégias bem definidos para cada um de cada momento do jogo, será o passo um para o sucesso em qualquer equipa.
Boa noite Maldini,
Com esta ideia de jogo, não sofres muito quando recebes a paga na mesma moeda?
Isto é, quando apanhares um atlético de Madrid, por exemplo, que também tenta controlar o jogo sem bola, não vais ter grandes dificuldades? Quase que dá a ideia de que vais ter a bola parada no meio campo e 11 jogadores de cada equipa a evitar tocar na mesma lol
Gosto muito do Conte, mas isto parece-me um bocado limitado para tanta qualidade individual.
Também pode ser pelo facto de só agora a equipa estar a interiorizar as ideias dele…
Um abraço,
n esqueças q n jogou contra uma equipa qq … City de Guardiola… jogas (ou n jogas) sp tb em função do q o outro te permite…
Grande Chelsea.
3-4-3/5-4-1. Genuinamente Conte. A fazer muito e bem em diversos momentos. Posse, organização, resistência, transição. Percepção coletiva do que o jogo ia pedindo. Perspicácia tática.
Depois, aquele Touro! Diego Costa! Leva tudo à frente. O baixar no peito aquele passe longo de Fàbregas, em plena área “em cima” de Otamendi. Grande! Sedução arrogante.. A seguir, a explosão musculada do veneno puro em contra-ataque. Soberbamente letal!
Como se trabalha a ideia de que o “corredor central é o mais importante” como tanto vimos(corretamente, a meu ver) aqui no blog diante de um adversário como esse? Exceção à “regra” e ai buscar variações de flanco constantes ou continuar a buscar gente livre no caminho do corredor central?
No inicio da época me parece que ele teve muito receio de lançar o seu esquema de 3 centrais, as coisas mudaram apartir do momento que se libertou do medo de fazer as suas ideias vingarem num campeonato diferente como é a Premier League e não o contrário com andava a acontecer no início de época, e não jogar a meio da semana como ele mesmo já referiu ajuda muito.
PS: impressionante como em poucos meses conseguiu libertar o Chelsea da depressão do ano passado…
“Não ter bola implicará sempre que nunca se controle o resultado. A qualquer instante, numa fatalidade, numa bola parada, num erro, o aparente controlo cairá e o golo adversário poderá surgir.
Há, porém, quem consiga controlar o jogo sem bola. E comportar-se de tal forma coordenada e com princípios tão importantes como coberturas, equilíbrios e concentração no centro de jogo, que parece que por mais que se tente, não cederá.”
Essa 2º frase destrói completamente a primeira.
Uma posse de bola oca jamais incomodará uma equipa que defenda bem, e essa equipa que defenda bem, nessa situação de jogo, tem mais probabilidade de cometer erros ou ter uma fatalidade, quando tem bola (e a perde) do que quando não a tem. Bolas paradas? São uma situação de jogo maioritariamente mais trabalhada e eficaz por parte de quem tem pouca bola.
No City – Chelsea, mais do que controlar sem bola, foi saber rentabilizar quando a tiveram.
controlar resultado diferente de controlar golo. Pelo que se diz. Podes estar a ter aquele controlo todo que o Chelsea mostrou neste video. Mas alguem faz falta, bola lá para cima, golo. Isso significa que n estavas a controlar o jogo?
Tem que se ver a coisa sempre pelo global e pelos acontecimentos importantes, acho eu. Se uma equipa fez falta, houve um desequilíbrio (individual /ou tático, que não controlou), se sofre golo a partir desse livre, à partida também houve falha de marcação ou na ocupação de espaços no seu terreno defensivo (2ºs bolas) ou o que for.
O que quero dizer é que se uma equipa faz 14 faltas perto da sua área e sofre 7 golos a partir desses livres, não creio que se possa dizer que controlou o jogo ou defendeu bem, independentemente de tudo o resto.
E no exemplo do vídeo, controlar o resultado = controlar o golo. 🙂
Chelsea está a fazer um grande campeonato, no entanto este jogo facilmente podia ter outro desfecho.
Fechar portas e aproveitar espaços e transições é uma qualidade, mas não resulta contra todos os adversários.
Por exemplo no jogo contra o Middlesborough (equipa super defensiva) marcaram o único de golo de bola parada (têm os seus méritos), mas fizeram apenas 3 remates no alvo e um foi ao poste.
Contra o Southampton marcaram aos 6 minutos, o que muda completamente o plano de jogo da equipa adversária.
A eficácia é altíssima mas tudo têm corrido bem. Não há lesões e beneficiam de não ter competições europeias. Como seria se o Hazard se lesionasse ou o Alonso (não têm outro lateral esquerdino no plantel)?
Tudo têm corrido bem. Contra o Tottenham e contra o City recuperaram nas segundas partes. Crédito pelo trabalho e paixão do treinador ao intervalo, mas tudo têm corrido super bem.
“No momento específico de organização defensiva é uma das melhores equipas europeias.”
Concordo contigo e no entanto poderia estar a perder por 5 a 0 aos 57m do jogo…
sim… e estão ai os lances em q aconteceu… qs tudo em transição… fala-se no podcast q sairá breve neste jogo