A ideia ofensiva de Jesus em Varsóvia.

Pela forma como no seu entendimento parte o jogo (construção (uma só fase) – criação – finalização), a ideia para o momento ofensivo em organização era clara.

Três mais recuados na saída para o ataque – Oliveira, Coates e Rúben. Dois mais de perfil para poderem receber nas costas da primeira linha de pressão adversária (Adrien e William). Quatro nas costas dos médios adversários (César à direita, Gelson e Markovic no corredor central, um de cada lado do ponta de lança, e Marvin no corredor esquerdo). Dost como o mais central e sobretudo mais centrado em perceber o momento em que entre linhas os colegas ganhavam vantagem para poder aparecer mais próximo da baliza adversária.

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Tacticamente o Sporting estava preparado com ligações suficientes para poder ser dominante e controlador. O insucesso terá sido, muito provavelmente, devido a factores que não se relacionam com a preparação táctica para a partida de Varsóvia. O que não significa que se possa ou deva “ilibar” o líder!

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

5 Comentários

  1. Pedro, se o Sporting estava taticamente bem preparado como se justifica que não tenha criado 1 oportunidade de golo durante a primeira meia hora? Ou o total marasmo que foi o seu futebol, que de tão previsivel chegava a ser enfadonho?

    Este jogo acho que foi um exemplo de uma desgraça tática. Uma desgraça tal que teve de ser corrigida ao intervalo. Colocar em campo 3 centrais contra como equipa tão inferior é de uma falta de ambição tremenda. Foi menos um jogador no processo ofensivo.

    • criou sim, David. Há logo no início uma bola do William q passou mm mm pertinho da baliza (remate À entrada da área). Este mesmo lance do video, 1 cm mais certo o passe e Markovic estaria só c GR.
      atenção, n estou a dizer q foi bom! obvio q n foi! mas as coisas n sao tao lineares assim… como o mais um central foi menos um a atacar, pq mm em 442, a dinâmica tem mtas parecenças com o apresentado aqui.. usa é menos um no meio (fica só Adrien, que WC baixa) na construção

  2. Era o que o Maldini dizia há uns dias no podcast sobre estratégias boas que não dão resultado e/ou não resultam num bom jogo. Muitas vezes não significa que a estratégia em si mesma seja má. Na altura o Maldini falava de equipas mais pequenas contra grandes mas a noção pode servir outros contextos.
    No Legia – Sporting a ideia que transpareceu do jogo foi mesmo essa. Os jogadores do Sporting tiveram muitas oportunidades para vencer confortavelmente no sentido em que as condições para criar jogadas de perigo estavam lá. Não criaram porque falta qualidade …

  3. Mas Maldini,

    notou-se claramente na 1ª parte que Paulo Oliveira (o que estava encarregue de ficar mais na direita do 3 que descreves) não estava à vontade para progredir com bola quando se pedia isso. Contei 4 jogadas em que o Paulo tinha a bola dava-a ao jogador que estivesse ali mais proximo e escusava-se do resto do lance, não dando nenhum tipo de apoio central. Do outro lado tivemos o Ruben a fazer isso mesmo e foram algumas vezes em que ele subiu ao meio-campo adversário.

    Assim que entrou o Esgaio as coisas mudaram completamente, conseguindo a equipa subir por aquele corredor com maior facilidade. Para mim foi um erro clamoroso do JJ ao colocar um jogador que não sabe transportar bola (mesmo sendo um central). E pagou-o bem caro.

    • Quanto a mim mais do que um erro de sistema, houve um erro de adaptação ao jogo e de escolha de jogadores. No papel, este sistema libertando o William para missões mais ofensivas acrescenta qualidade no ataque. Mas jogadores como o P. Oliveira que têm dificuldades na construção e Markovic que neste momento toma 100% de decisões erradas a jogar numa posição central (aquela correria desenfreada para atravessar o campo que o vídeo mostra é um exemplo perfeito!) não permitem que o sistema funcionasse como devia.

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