Lições de Gaizka Garitano. Ou como a mentalidade espanhola parece tão adiantada.

Garitano, a tocar em vários pontos por cá abordados, numa entrevista para fazer reflectir.

 

era un sentimiento de impotencia cuando ves que el trabajo no obtiene resultado. Y existía una contradicción entre insistir en hacer las mismas cosas cuando sabes que no estás ganando. Pero creí que era el camino para hacerlo. Lógicamente hay que tener variantes, pero no quise volverme loco porque sabíamos que estábamos cerca del premio.

Sobre quando as vitórias não surgiam e as possíveis dúvidas sobre o caminho a seguir.

 

No hay más que ver como juega el Deportivo este año, siempre con la intención de manejar la pelota y con futbolistas creativos. Somos el cuarto equipo que más ocasiones de gol hace de toda la Liga. Me gusta jugar bien. Es la manera más sencilla de ganar, pero en los últimos partidos hemos encajado bastantes más de lo que me gustaría. Tenemos que ser un equipo que reciba pocos goles.

Jogar bem não implica nunca ser mais permeável defensivamente. Um perigo muito grande que tal ideia se tenha generalizado.

 

Soy muy curioso. Me gusta ver partidos, seguir a otros entrenadores en cualquier categoría, ver como entrenan, sus planteamientos, como actúan en las situaciones difíciles o como se comportan en las ruedas de prensa.

A procura de conhecimento em qualquer nível.

 

Un entrenador es un facilitador, alguien que les ayuda a ofrecer su máximo rendimiento.

O conhecimento exacto do seu trabalho.

 

Pienso que sí, excesiva y desmedida, tanto para bien como para mal. Es evidente que tenemos mucho que ver en el funcionamiento de los equipos, pero no hasta los extremos que se nos atribuye.

Sobre a excessiva influência que o público pensa que o treinador tem. Recentemente abordado no texto de Pep Guardiola aqui.

 

Cada vez pesa más lo del exterior, la gestión del vestuario, las relaciones con el grupo y las personas que rodean al entrenador. Lo primero es, desde luego, tener capacidad porque no vale con ser buena persona, pero si eres un tío honesto, legal y vas con la verdad por delante tienes mucho trabajo hecho.

A importância da gestão. Cada vez maior à medida que as competências tácticas e de operacionalização se vão equivalendo.

 

Lo intento. Aunque la presión y los intereses lo complican mucho. Tampoco es fácil porque hasta cuando ganas piensas, por ejemplo, en los que no han jugado. Es difícil que la felicidad sea completa, pero soy un privilegiado por tener este trabajo. También es muy absorbente. Siempre busco una hora para hacer deporte por mi cuenta y limpiar la mente.

O desfrutar da profissão.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. Guardiola agora numa entrevista, falou das dificuldades que está a ter no futebol ingles. curioso que relata bem o que ele é: ter que se adaptar, mas nunca fugindo das suas ideias. Está a tentar arranjar soluçoes para as dificuldades. Incrivel como estes “senhores” nos deixam dicas…

  2. A sobrevalorização do papel dos treinadores (veja-se toda a promoção da Premier League deste ano dos “7 Magnificos”) trouxe consigo um aspecto muito positivo que foi a evolução natural na discussão táctica sobre o jogo, seja na análise mediática do mesmo, seja na interacção com os intervenientes (jogadores e treinadores). O artigo do The Guardian de ontem, onde se refere a necessária adaptação dos treinadores estrangeiros às condições especificas do campeonato inglês é disso exemplo.

    Mas no entanto, isto ainda não chegou ao nosso país. E como aconteceu lá fora, o processo decorre naturalmente da periferia mediática (leia-se dos novos espaços mediáticos como os blogs e podcasts – como vocês fazem tão bem) para o centro (os meios tradicionais, os jornais, as televisões, mais fechadas nos seus mecanismos de análise e discussão do jogo).

    Outro aspecto que ainda falta sistematizar e sobre o qual se calhar podiam dar algumas ideias para o inicio do debate é a utilização da análise estatística do jogo. Esta análise existe, é fundamental e cresce na importância nas estruturas dos clubes, seja na análise do jogo, seja nos processos de treino, seja na definição das politicas de contratação dos jogadores.

    No entanto, e mais uma vez, em Portugal olha-se para isto como uma realidade distante e mesmo contrária ao que é o jogo, sobressaindo o preconceito e o tradicionalismo.

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