Sporting de Braga em Alvalade. Um exemplo da estratégia adoptada.

Com o regresso do veterano, mas ainda excelente Alan, praticamente ausente das opções na presente época, e de Ricardo Ferreira que somou os primeiros minutos na competição às contas iniciais, um Braga a aumentar o critério em todos os momentos. A entrada do criterioso e praticamente nunca utilizado antes Bakic na recta final, quase como a demonstrar a primazia pelo critério e definição em detrimento da correria, desde logo visível nas escolhas iniciais.

Uma linha média a primar pela inteligência (muita categoria de Xeka e Vukcevic no posicionamento e nas decisões), a saber ocupar o espaço e a esperar o momento para após recuperar sair em transição com o movimento habitual dos 442 que fazem coabitar dois avançados com capacidade para ser móveis. Recupera, avançado do lado da bola cai no corredor lateral procurando espaço livre pela profundidade dada pelo lateral adversário. Se não arrasta central, recebe sem oposição. Se arrasta central há espaço para progredir pelo meio.

Estrutura junta e a permitir pouca bola entre sectores. Bola a ter de rodar pelos corredores laterais, definidos como zonas para pressionar pelas costas, recuperar e transitar.

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

5 Comentários

  1. Mais uma vez fica aqui provada a inutilidade de Bryan Ruiz, se precisassemos de mais provas. Na 1ª paragem de imagem vê-se o jogador devagarinho a vir da esquerda até onde está Dost e por ali se fica. Os colegas da defesa a tentar construir e ele, que é o jogador que deveria fazer de 2º avançado e ocupar o espaço que está vazio entre a linha média e defensiva do Braga, vem devaaaaaagaaaariiiiinhoooooo até essa posição e quando lá chega……já não adianta de nada porque a construção já teve que ser refeita.

    No 2º lance de construção já chega ao sitio onde deveria estar, porque a equipa demorou um pouco mais a rodar a bola. Mas aí entra outro idiota de serviço: Zeegelar, que faz o passe para o Campbell, estando o jogador já completamente pressionado, em vez de fazer um passe por cima direto para Bryan que está solto. Enfim, sem jogadores de qualidade não há treinador que valha.

    • Não percebo esse exagero.

      Neste momento, o ordenado que se paga ao Jesus é superior ao de muitos treinadores que não lhe ficam a dever nada a nível internacional.

      E Jesus não parece capaz de se re-inventar. Já toda a gente percebeu qual a fórmula para ganhar ao Sporting. E acima disso, já toda a gente percebeu (menos o próprio Jesus) quais as fraquezas do plantel do Sporting. Enquanto o Sporting tiver na equipa titular jogadores como Marvin Zeegelaar e Schelotto, dificilmente conseguirá ser melhor que isto. Enquanto jogadores como Alan Ruiz e Markovic continuarem a ser isto, também não prevejo grandes melhorias a nível ofensivo.

      Não ajuda o facto de não haver jogadores capazes de jogar em transição. Ter enviado o Podence para o Moreirense também não ajudou. O Sporting já não marca um golo em transição para aí desde a época passada.

  2. “Com o regresso do veterano, mas ainda excelente Alan”

    Caro Paolo Maldini

    Alan é mais um exemplo que se enquadra na minha teoria, começou no Ipatinga e fez carreira em Portugal, alcançou um grande nível na Liga Portuguesa sem que nunca tenha brincado nas selecções. Valorizou-se ao nível desportivo e financeiro.

    P.S. O comentário vai com atraso mas ainda vai a tempo de reparar o que seria uma injustiça.

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