Num jogo de pouca história, pezinhos e decisões de Rafa.
Se dúvidas houvessem, cada vez mais dissipadas. O extremo português a mostrar toda a competência em cada momento ofensivo do jogo. Em espaços curtos, descobre caminhos e enquadra sempre as suas acções em função do contexto. Não há perdas tolas. Há desequilíbrio e qualidade incrível a desbloquear situações mesmo no corredor central. Sempre a ver ao redor, mesmo no meio da concentração de defensores, sempre com a ideia de equipa na mente. E nos pés. Faltar-lhe-à porventura, “ganhar moral” junto do grupo. Quando acontecer, e acontece sempre aos que mesmo timidamente vão jogo após jogo ofertando qualidade, bem expressa no seu último passe, arriscará ainda mais. E melhor criação terá o jogo encarnado.
“Moral” que cresce a cada dia que passa em Cervi. O argentino ganhou o seu espaço / estatuto dentro do grupo de trabalho, e tal é passível de ser constatado a cada acção mais ousada que hoje já coloca no relvado. Cervi conquistou o seu espaço nas opções pela reactividade e forma como se mostra exímio nas tarefas defensivas. Algo não tão vulgar quanto isso nos perfis dos alas. Hoje, dia após dia, vai trazendo novas soluções ofensivas para os lances que enfrenta. O espaço que conquistou já lhe garante a possibilidade de maior paciência dos seus pares quando errar. E só assim qualquer jogador poderá continuar a colocar desequilíbrio no jogo.
Ainda que passe tantas vezes despercebido a quem nunca pôde vivenciar o jogo e as dinâmicas de uma equipa por dentro, tantas são as vezes que são as conquistas junto dos colegas que permitem ao jogador extrapolar toda a qualidade que tem. Ganhar o espaço / estatuto dentro do grupo será sempre o primeiro passo para a partir daí seguir para o coração dos adeptos.
Ao Rafa só falta capacidade de decisão: último passe/finalização. Tendo isto passa a ser um dos melhores jogadores portugueses. Mas esta é uma lacuna que tem, e que poderá melhorar com a confiança, como disseste. A ver vamos se Vitória tem mãozinhas para conduzir este ferrari.
Eu diria que só finalização mesmo, porque no “último passe” tomara muitos avançados estarem tão “mal”.
Quando leio e vejo isso me pergunto, como é que JJ, que gosta de velocidade nas alas e imprevisibilidade não conta com Matheus Pereira e insiste em Ruiz? Tudo bem que o homem é um craque mais falta velocidade e jogando como JJ gosta não sei como contratou Alan Ruiz um jogador pesado e pouco veloz e nem tão inteligente apenas me parece ter meia distância é tão pouco para quem custou tão caro.
Por acaso notei isso que disseste da confiança e estatuto, mas noutros jogadores, como Jonas. Os colegas não refilam tanto com eles quando fazem borrada… É isso que falta ao Rafa, ganhar essa confiança e protagonismo. Também acredito que quando ele tiver isso, como tinha em Braga, vai desbloquear e dar um salto. É um jogador que adoro ver jogar, ele, Cervi, Jonas e Pizzi podem fazer futebol muito bonito em espaços curtos e tabelas ao primeiro toque.
Viva,
Bom artigo, assim não me custa nada ver o clube pagar caro por dois jogadores que acredito irão justificar as verbas pagas e a permitir o clube renovar o seu plantel.
Só espero que o clube consiga “limpar” alguns excessos que tem no plantel principal (em especial a nível de massa salarial) e ter capacidade para segurar esta fornada de jovens que estão a ser lançados (mesmo vendendo um ou dois por ano se baterem verbas astronómicas).
Bom ano e continuação do bom trabalho