Os centrais do United, e o jogo que cada vez mais pede quem se sinta confortável com bola em todas as posições.

Na edição de hoje do Jornal “A Bola” referia a pouquíssima qualidade da última linha do United como um contratempo grande para poder a equipa de Mourinho lutar por algo mais.

Ainda na mais recente presença no programa da BTV de antevisão ao jogo entre o SL Benfica e o Paços de Ferreira, quando questionado sobre que sentido teria a inclusão de Lindelof no plantel do United, a explicação foi bastante sucinta. Num modelo que pretenda com bola desequilibrar desde trás, num modelo de equipa grande onde os centrais são quem mais bola têm ao longo da partida, é imperioso ter quem não se sinta desconfortável com ela, a assumir o início da construção.

Por isso, logo nas primeiras semanas da presente época, por cá garantia que a principal vantagem de SL Benfica sobre Sporting CP e FC Porto, é a presença de três “desequilibradores” na sua última linha. Nélson Semedo, Lindelof e Grimaldo. Jogadores que na realidade portuguesa oferecem ao Benfica a possibilidade de entrar em zonas de criação já com desequilíbrios criados atrás.

Cada vez mais é determinante ter onze jogadores com competência para todos os momentos. Com bola e sem bola. E no actual United, os centrais como que se escondem do jogo, obrigando restante equipa a procurar construir desde logo em inferioridade numérica, pela “desistência” destes de participarem na construção. Nem quando chamados a jogo pelos colegas, decidem diferente.

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Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

10 Comentários

  1. Uma coisa é jogar contra os moreirenses e feirenses desta vida e sair a jogar. Outra coisa é jogar contra bichos atleticamente e contra boas equipas e sair a jogar.

    O lindelof é bom, sim.

    Mas não me parece que seja o que pintam a sair a jogar. Pelo menos para já.

    Fez grandes jogos nesse capítulo contra adversários fortes? No único jogo que vi ao vivo (dragão) os centrais do benfica foram fraquíssimos a construir. E contra o Nápoles idem

    • Os centrais foram fracos a construir no jogo referido ou a equipa toda ficou aquém em todos os momentos do jogo? O comportamento coletivo do SLB tem sido diferente contra as equipas de igual valia o que influenciará as decisões de cada jogador. Mas parece-me evidentemente que a qualidade demonstrada pelo Lindelof atualmente leva os Grandes a querer apostar para render no imediato ou a curto prazo. O mesmo aplica-se a todos os grandes jogadores no campeonato português….dp de jogar “contra moreirenses e feirenses desta vida” é preciso ir para outro nível de dificuldade e continuar a crescer

  2. Maldini, tens notado diferenças no United de Mourinho em construção ou criação ou percebe ainda pobreza semelhante de até bem pouco tempo?

  3. Pedro, são os centrais que se “auto-excluem” ou é o treinador que dá ordens específicas para não se exporem nesse momento especifico do jogo?

    Do que me lembro do Rojo em Portugal, era até “atrevido” demais na construção, e usava e abusava na condução e penetração no bloco adversário.

    Em relação ao Lindelof, acho que vocês têm uma grande ilusão em relação à real capacidade do jogador. Tenho sérias dúvidas que tenha capacidade para vingar na Liga Inglesa, onde as capacidades condicionais dos centrais são tão importantes. E apesar da sua inteligência e qualidade técnica, e associadas valências ofensivas, não é especialmente forte na componente fisica nem tão inteligente/sóbrio/concentrado no momento defensivo que lhe permita “passar” sobre esse défice físico através do posicionamento/antecipação. E até o Guardiola já percebeu a importância das “2ªs bolas” em Inglaterra.

    E pelo preço que se vai adiantado que o United está disposto a pagar… bem, alguem tem de estar muito bêbado para não optar por ir buscar o Eric Dier.

    • David, sobre o Rojo sp foi horrivel. Sem bola e com bola. Sobre o Lindelof nc ng disse aqui q vale aquilo td. Ou q n tenhas razao em varias coisas q apontas… q sao tds trabalhadas! Já o deficit do Rojo…

      • Pedro, repara que não estou a defender o Rojo, que também acho muito fraquinho para aquele nível. O meu ponto foi em relação ao treinador. Até porque olhando para o histórico, o Mourinho cada vez menos “gosta” de correr riscos na construção, precisamente pela obsessão com a segurança defensiva. Daí que me parece que os centrais não dão mais ao jogo também porque têm ordens para isso.

  4. O MUnited tem um jogador que era eximio a sair a jogar, refiro-me ao o Blind que lá a central só enterra porque fisicamente não apresenta capacidade para lutar com os adversários… Agora também é verdade que um Ricardo Carvalho não era um monstro fisico e não sentiu dificuldades em brilhar na Premier League com o seu jogo refinado. Se o jogador é inteligente adapta-se e o Lindelof parece-me capaz de dar conta do recado. Inteligência na minha opinião é algo que faltou sempre aoRojo, se bem que seja feita justiça tem sido dos melhores centrais esta epoca do United e Lateral Esquerdo e que não é nem nunca será como queria o Van Gaal

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