Segunda meia final da Taça da Liga. Mais um jogo perfeito para demonstrar o quão desinteressantes podem ser as capacidades físicas se a elas não se juntar uma capacidade para raciocinar e analisar o jogo a grande velocidade.
Poderia falar-se da segunda parte de Francisco Geraldes, que de cabeça levantada liderou com as suas decisões uma autêntica rebelião que dizimou o Benfica.
Não é porém no jovem maestro leonino que se centra o post.
Benfica com Jardel e Lisandro. Os centrais com os traços individuais mais marcantes. Os mais rápidos, os mais fortes no choque. Os mais capazes de enfrentar duelos. Porém, ser mais rápido e mais forte está muito longe de significar ser melhor, quando tudo o que é mais importante no jogo é percebê-lo e de forma muito rápida. Decidir a grande velocidade, mesmo que sem bola.
De que importa a passada e a vantagem que retiram no choque se demoram eternidades a mudar posicionamento em função dos estímulos? Mal posicionados em profundidade, sem ajustar sobretudo o momento para baixar quando Moreirense saia com bola no pé na pressão. Mal posicionados em largura. Afastados em demasia. O golo do empate a servir como exemplo claro de uma má leitura da situação de jogo. Demasiado altos e sobretudo demasiado afastados. Tão afastados que permitiram que a bola entrasse até rasteira!
Porque o jogo há muito que não é um somar de características individuais, uma dupla sem rotinas nunca conseguiu ajustar correctamente o seu posicionamento às diferentes situações que enfrentava. E tantas foram as vezes em que fruto das más abordagens que os médios tinham, foram chamados a ter de tomar decisões.
Futebol, um jogo de ligações e de relações. De quanto o movimento de um altera a decisão e movimento de outrem. Sem rotinas conjuntas, sem capacidade para ler a grande velocidade, e em conjunto! (não bastará ser somente dois ou três a perceberem o que se está a passar), os erros sucedem-se.
Lisandro apenas esteve presente no primeiro golo. A defesa com Lindelof até piorou bastante. Sendo que jardel foi claramente o elo mais fraco.
Olha que o Lindelöf tem um lance de 2×1 que o resolve muito bem. Em vez de sair ao portador mantém se junto da única linha de passe possível e o portador só lhe resta seguir junto à linha. O ataque acaba por não surtir efeito porque a defesa se recompõe. Foi o que me ficou na retina,posso tarde enganado.
O Lindelof é q foi safando aquilo… com o n de c.ataques q houve c slb c pcs atras… se la ta o Lisandro q nem em organização safou… era uma hecatombe
Concordo com tudo o que dizes. Tem se criticado o Luisão ao longo da época, mas nota-se bem a diferença quando ele joga. É que toda a defesa é influenciada por ele, assumindo o papel de patrão. Está dupla já tinha sofrido 2 golos com o Leixões na Luz, precisamente com bolas a entrar entre os centrais.
nem 8 nem 80 sff…equilibrio com em tudo na vida…se fosse td cerebro o nosso cr nunca teria 4 bolas de ouro
Ronaldo não tem nada de burro… mm n sendo um cerebro
Não concordo quando diz “os mais rápidos”… na minha opinião (pelo menos) Rúben Semdo tem de estar nos principais em questões de velocidade! Tudo o resto, certíssimo.
O central mais rápido dos três grandes que me lembro é o Ilori e vejam lá onde está ele agora com Kloop. Ah, esperem lá…
É uma questão de contexto. Passeando pela blogosfera benfiquista os elogios a Lisandro é ser muito rápido (normalmente a desfazer a borrada que criou, mas isso nem todos dizem) e ao Jardel ser muito forte.
Face ao que se tem visto Luisão é a natural segunda escolha, mas tem revelado problemas de acerto com os companheiros em várias ocasiões. Parece é ser melhor a disfarçar as limitações do que os outros.
Aproveito este post para vos perguntar o que têm achado da dupla marcano e Felipe. Ao inicio aquilo parecia wrestling, mas vejo uma cumplicidade e acerto demasiado grandes… Penso que só não queimam mais linhas porque o treinador prefere baixar o Oliver para pegar jogo. Resumindo, se os deixassem decidir mais, talvez o seu patamar e o próprio patamar de jogo colectivo fosse superior.