Num texto recente abordava a formatação que tantos pais e treinadores “dão” aos seus jogadores / educandos.
por isso, tantos crescem a “saber” que na linha de fundo se cruza, que a bola não se guarda por demasiado tempo e que se houver oportunidade para rematar, não há outra decisão possível
Brahimi é um caso óbvio de imprevisibilidade. Nas pernas o futebol dos miúdos traquinas que enganam meio mundo. Que não sentem o temor de a tocar mais um pouco depois de ouvido o grito do “passa a bola”.
Brahimi desfez o Nacional da Madeira no Dragão, num jogo que não estava fácil de desmontar até o argelino lhe tomar as rédeas.
A forma como obriga a que o adversário se aglomere em número suficiente para que lhe possam tapar o caminho, a possibilitar explorar outros caminhos. O tempo que prende a bola, não permite que oposição se organize como acontece com tantos outros. Enquanto a tem, desorganiza-se o adversário porque é imprevisível. Porque ultrapassa contenção e cobertura mesmo que escasseie o espaço.
Em cada decisão, e tantos foram os lances que criou na partida de ontem, o argelino demonstra ser a prova de que não há tempo certo para ter ou soltar a bola que já esteja predeterminado.
Num dos golos mais bonitos da noite, é espantosa a forma como permite a André André e a Óliver receberem e enquadrarem-se perante última linha adversária. Ainda no seguimento do texto citado anterior, imagine um jogo de crianças supervisionado por adultos. Quantos não teriam exigido que soltasse mais cedo?
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