Revolucionar todo um jogar. Daniel Podence.

Incrível o que uma individualidade pode provocar em todo um jogar.

Das dificuldades referenciadas na semana transacta quase nada sobrou com a entrada do jovem talento.

a) Mais um elemento que da pressão sai com desequilibrio feito;

b) Variabilidade (capacidade para jogar no pé mas também no espaço);

c) Velocidade de execução em espaços curtos;

d) Capacidade para progredir com bola no corredor central.

Bastou a entrada de Podence, para com a variabilidade que traz ao jogo, deixarmos de assistir ao Sporting aborrecido e incapaz de criar consecutivamente dos tempos mais recentes.

Olhar para Podence pensando no jovem somente como mais um driblador é um erro tremendo. Daniel acrescenta a variabilidade de movimentos que não tinha o Sporting. Alguém capaz de receber no espaço, e que quando não recebe, provoca última linha adversária criando condições para os colegas receberem. Capacidade como nenhum outro para nos espaços muito curtos onde se move criar desequilibrios. Porque a sua velocidade de execução é fabulosa, mas também porque decide em instantes. Não prende por prender. Conduz quando há espaço!

Finalmente um “diabo” à solta entre linhas adversárias, a desorganizar o jogo. A criar. A ser uma ameaça na transição ofensiva, mas também nos momentos de organização.

A diferença de um Sporting com para um Sporting sem Podence é demasiado gigante para ser ignorada.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

2 Comentários

  1. Que recital de futebol que os “meninos” deram em Tondela! E ontem o outro “excomungado” também a provar o erro tremendo que foi o seu empréstimo ao dinamitar o Maritimo depois de fazer o mesmo ao Benfica.

    Jogadores como o Podence são os que fazem pagar bilhete para ir ver jogos ao estádio. Incrível como é preciso haver castigos e lesões para Jorge Jesus conseguir assistir a isso ao vivo. O Sporting neste momento tem um conjunto de jovens que podem criar uma equipa tremenda a muito curto prazo, haja coragem para nos próximos jogos dar-lhes os minutos necessários para os preparar para a próxima época. Jorge Jesus tem de perceber que não pode só acariciar os jogadores que são os seus fetiches. A diferença que fizeram aquelas palavras de motivação ao Matheus Pereira. Podence, Gelson, Iuri Medeiros, Matheus Pereira e Francisco Geraldes. Qualquer treinador ficaria mais que satisfeito por poder ter nos seus quadros e ao mesmo tempo jogadores com tanta qualidade e ao mesmo tempo tão distintos no seu jogo para jogar nas posições da frente. Qualquer treinador menos um, infelizmente.

  2. É fácil perceber Jesus. Difícil é aceitá-lo como é, sobretudo quando nos temos em alta conta e temos a ousadia de discutir futebol com ele. Alguém se lembra de Matic? Esteve um ano a ser preparado para jogar naquela posição. Assim como outros, que por razões várias foi abafado. Jesus não coloca um jogador em campo enquanto ele não está em condições de cumprir as suas ideias de jogo. Podence tem sido alvo de grandes aulas de táctica e posicionamento. Ninguém vê Podence morder os calcanhares dos defesas no processo defensivo? Ninguém vê Podence sobre as laterais e com o apoio dos defesas romper pelo meio? Imprevisível? Sim, mas tem ainda de domar a corrida com bola, pois quando lhe surgem dois adversários parece ter dificuldade em controlar a travagem e mudança de direcção e velocidade, perdendo o controlo absoluto da bola. Francisco Geraldes dificilmente será um oito com Jesus. Porque não tem condições para o ser. O lance do penalty é disso exemplo, pois foi num movimento à João Mário ou Bryan Ruiz que surgiu à entrada da área e sofreu a falta. Eu também gostava de ter uma equipa só com jogadores da Formação, mas uma equipa com Podence, Iuri e Geraldes seria um regalo para José Peseiro, mas um desastre para Jesus ou outro treinador que se preocupe com equilíbrio posicional. Amanhã, quando já tiverem absorvido os ensinamentos, serão trunfos importantes. Para já há que ter calma e paciência. Eles e quem gosta deles, porque o futuro será risonho. Já agora, qual a importância da passagem pela Equipa B para o jogo que fizeram? E porque falo da Equipa B, que a Comunicação Social passa o tempo a lembrar a sua posição classificativa e o risco de descer de divisão, porque não fala do Campeão Porto B, que está na mesma posição?

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