O “Lateral Esquerdo” cresceu sob o lema da primazia do lado táctico e da inteligência do jogador sobre qualquer outra dimensão do jogo ou do jogador.
Ainda hoje assim o é. No entanto, o crescimento táctico de praticamente todas as equipas a nível mundial faz emergir outras particularidades que possam fazer a diferença, quando o equilíbrio no que é mais importante se revela. Hoje em dia, aquela que eu possa considerar a equipa com menor organização da Liga portuguesa estaria entre as melhores do ano de 2007, que foi precisamente o ano em que foi fundado o blog.
Com o conhecimento ao alcance de quem o quiser encontrar, e sabendo que não há neste jogo certos ou errados, ou um caminho branco ou preto para se chegar ao sucesso, mas sim convicções pessoais sobre o que se acredita ser mais ou menos viável para se vencer, muito do que se almeja quando o nível é tão elevado que o dinheiro e a fama podem retirar a ambição, depende da capacidade do treinador para ter e manter toda a gente no mesmo barco. Tantas vezes é essa a pequena diferença que permite manter o “olho mais aberto” expresso num maior rigor e concentração competitiva. Não na Liga dos Campeões, porque ai, bastará o hino tocar para o sentimento despertar, mas pensando muito mais no que é a realidade das competições nacionais.
Nenhum treinador a nível mundial salta entre Juventus, AC Milan, Chelsea, PSG, Real Madrid e Bayern Munique sem muita competência. Goste-se mais ou menos do estilo de jogo, nenhum incapaz resiste tanto tempo no topo. Porque simplesmente a palavra passa de jogadores para jogadores, de directores para directores. Se Carlo não sai do topo por nada, é porque a sua competência é insuspeita. É porque quem mais importa (os jogadores) o reconhecem.
Lembro-me de uma brincadeira que fiz com ele (Cristiano Ronaldo), dizendo-lhe que ia ficar no banco num jogo importante. Disse-lhe: ‘O jogo é às 16 horas mas tu vais descansar amanhã’. Ele olhou para mim completamente em choque. Depois disse-lhe que era a brincar”.
E não, nenhum treinador resiste a um grupo de trabalho se a sua competência for percebida somente enquanto líder. Aliás, para se liderar com qualidade, o conhecimento do jogo e a qualidade no processo de treino é obrigatória!
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Talvez o aspeto que muitos jovens treinadores precisem de melhorar mais, e aí onde vários ex-jogadores nos dão 20-0.
Foi um bonito beijinho, mas o olhar do Ribery depois do sorriso inicial, aos 32s… Tá bem tá 🙂