Assim também eu. O treino analítico.

O treino sempre com oposição (naturalmente que em momentos muito específicos com propósitos muito próprios, poderão haver excepções) é um dos principais catalizadores da aprendizagem e sobretudo da evolução.

Porque só com oposição se poderá associar a tomada de decisão. E a qualidade técnica não deve nunca crescer em separado da capacidade cognitiva. Porque se for só técnica, não é futebol, mas outra modalidade qualquer! Tudo se relaciona (gesto técnico com decisões). Se o nível de habilidade motora é tão baixo que a tentação pelo analítico possa aumentar, recorde que aumentar espaço e relação numérica a quem tem a bola, contribuirá para aumentar substancialmente o sucesso, promovendo a repetição do gesto, mas sempre em condições mais próximas das que se encontrará mais tarde em competição.

Promover o sucesso em cada exercício é determinante. Porém, com criatividade é possível garanti-lo mantendo as formas jogadas.

“Yo mismo soy capaz de hacer un buen pase. Pero realizarlo en un partido intenso, con la marca encima y nada de tiempo para cerebrar, es para elegidos.

Marcelo Bielsa.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

3 Comentários

  1. É isto !!!!!
    Retirar o timing, a exactidão , retira também o valor , o sentido do gesto técnico.
    O passe só é “válido” quando a circunstância lhe dá um determinado sentido que tem que ser Sentido por todos !!
    Eu não quero melhor a técnica quero promover a tecnicidade do e no (construcao) meu Jogar..
    E o pensamento nao pode ser linear , se é fraco .. então que jogue o jogo para que possa ser tudo mais natural , mais espontâneo , senão retarda se a evolução .. não se treine por pacotes . Não se parta aquilo que é Inteiro (pela sua natureza Inquebrantável,o jogo) , não se fragmente aquilo que só pudera ser fractalizado sem correr no risco de ser fatal(izado )

    Abraço !! Parabéns e obrigado por tentares abrir os olhos , a quem os tem fechados

  2. Muito obrigado pelo seu artigo. Sim, primeiro os eleitos porque eles quebram mecanismos. Como tao bem dito por Miguel Costa, deslinear. O treino e o jogo como modos diferentes porque o jogador elegido é que descobre durante o jogo a solucao. O sistema para dinamicas ofensivas, equilibrios defensivos mas sempre os melhores artistas. Por causa disso, que fico triste quand vejo Francisco Geraldes, um dos melhores jovens na decisao do que o jogo pede, na B porque sem a pressao dos pontos podia ser tao bem trabalhado na A.

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