Variabilidade… com qualidade! Juventus na final.

Afirmava o professor Francisco Silveira Ramos num circulo privado que o centro do jogo dependia da qualidade do interveniente. Quer da sua capacidade para entender o jogo, quer da para executar.

Em suma, a ideia de que para jogadores do nível de Bonucci, o centro do jogo como que não se esgota no que está ao seu redor. Porque vê tudo e tem capacidade para executar fazendo do longe perto.

A Juventus é uma das equipas mais completas do futebol europeu, e essa é a principal razão pelo seu apuramento para a final da Liga dos Campeões. Uma qualidade individual incrível que possibilita o tal centro de jogo mais largo, que permite mais vezes aplicar o primeiro princípio do jogo ofensivo. Há quem esteja num posicionamento mais ofensivo com boas chances de chegar ao golo? Bola lá. Se houver qualidade para executar! E na Juventus há! Alternância no jogo curto ou no aproveitar da profundidade, nas saídas rápidas com a qualidade de entendimento de perceber o momento em que de ataque rápido se passa para manutenção da posse de bola.

Maturidade no entender de cada momento, variabilidade no tipo de jogo a que se propõe e soluções diversas para diferentes abordagens do adversário. Desde a saída de pé para pé, à procura da referência Mandzukic, ao aproveitar do espaço nas costas adversárias sempre que última linha do opositor “adormece”.

Um manancial de recursos qualitativos a colocar de novo uma equipa italiana no jogo mais importante do ano.

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Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

3 Comentários

  1. Grande post, ontem ao ver o jogo, na jogada do primeiro golo, quando o Dybala espera e passa para trás pensei logo que iria ser caso de referencia aqui no blog.

    A uns tempos nem eu entenderia a intenção, agora já se vê “a bola” com outros olhos.
    Bom trabalho, obrigado

  2. Acham que será possível “replicar” isto contra o Real Madrid, sendo que terão menos bola e um Sérgio Ramos e um Varane com quem disputar as bolas? Pessoalmente, acho que não.

    Não tenho acompanhado a Juventus este ano, portanto não sei como se comportam contra equipas de valia fisica e técnica superior. Porque o Mónaco, apesar de tudo, está individualmente a anos luz da Juventus

  3. David, pela forma como a Juventus desenvolve seu jogo, acredito que contra o Madrid nos apresentará algo diferente do que já vimos até aqui. A Juventus tem uma enorme capacidade de se adaptar às circunstâncias da partida, e ao adversário com a qual confronta. A Juventus trata de jogar um Futebol Líquido, que se modifica constantemente, com os jogadores a executar funções as mais variadas, e o fazem bem porque são muito qualificados e taticamente obedientes. Acredito na possibilidade de título dos italianos, na Champions, e se este vier, Massimiliano Alegri estará saltando para o mesmo plano de Guardiola e Mourinho, no que concerne ser o criador de um estilo de jogo moderno, dinâmico e eficiente.

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