Obrigar a bater e as segundas bolas.

Muitas vezes o intuito do pressing é o obrigar o adversário a bater. Porque quando se bate na frente, as possibilidades de se dominar e colocar a bola jogável para se procurar criar dano no adversário diminuem drasticamente. Porém, mesmo quando se condiciona para fazer o adversário bater a bola na frente sem grande critério, há cuidados no posicionamento que devem ser tidos em conta.

Partir a equipa em 6 no pressing e 4 mais recuados com uma distância sempre muito grande para os 6 da frente, poderá sempre trazer problemas, porque qualquer segunda bola será disputada num espaço despovoado e facilmente sobrará para adversários que apenas enfrentam os 4 defesas.

Porque projectar toda a linha média para a pressão, abrirá sempre demasiado espaço entre defesas e médios. Afinal, defesas não podem acompanhar pressing porque fora de jogo só começa no meio campo!

Por cá, a pressão do Sporting de Jorge Jesus é sempre feita mantendo mais próximo da última linha um dos médios (organização em losango, a saírem três na construção adversária com Adrien mais adiantado a aproximar dos dois avançados, alas mais dentro e William mais recuado). No Benfica de Rui Vitória, mais do que pressionar, opta-se por um maior conservadorismo, mantendo estabilidade da linha média. Só sai com dois (os avançados) na construção adversária, optando por manter a linha média alinhada como em determinado momento aparece a do City, mas bastante mais próxima da linha defensiva.

Sobre Paolo Maldini 3828 artigos
Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

1 Comentário

  1. Não era disto que o Vitor Pereira falava quando disse que deu uma sugestão ao Guardiola de como expor menos a linha defensiva? Parece que ele não a aplicou,

    Confesso que defensivamente fiquei dececionado, muito dececionado com o City, a facilidade com que são batidos nas costas, batidos em transição, a incapacidade em controlar o jogo tornam a equipa super frágil. Considero que a maneira como o Otamendi fica ligado a uma má época prova muito isso, um central com enorme qualidade, ficou super exposto e entregue à capacidade física( que não tem) e falhou obviamente.

    Espero que evolua no próximo ano, espero que não caia na tentação de se “adaptar” à Premier, mas que perceba que tem que marcar a diferença precisamente tendo um controlo do jogo muito melhor( com e sem bola) em terra de correrias, bola na frente e monstros físicos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*