Defender bem. A arte da inteligência.

Por muito que nos vendam estatísticas que queiram quantificar performances individuais, o jogo, o bom jogo, está completamente longe de poder ser interpretado ou quantificado por números que queiram trazer avaliações qualitativas. Porque não se pode quantificar a qualidade do que mais importa! As decisões!

Defender bem é cada vez mais ser inteligente. É usar as regras do jogo. Defender bem é na grande maioria das vezes não intervir. Não cortar, não tocar. Só mover para eliminar oposição. Posicionar para controlar. Defender bem não é ir corrigir. É antecipar. Identificar, decidir e agir. Mesmo que nunca tocando na bola, mas condicionando todo o jogo do adversário.

Há não muito falou-se na abolição da regra do fora de jogo. O maior disparate de todo o sempre. A regra do fora de jogo é a base de todo o futebol. É dela que tacticamente tudo se desenrola e decide. Não sei como no futebol se podem quantificar decisões como a de Piqué. Mas, defender bem é isto:

 

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Pedro Bouças - Licenciado em Educação Física e Desporto, Criador do "Lateral Esquerdo", tendo sido como Treinador Principal, Campeão Nacional Português (2x), vencedor da Taça de Portugal (2x), e da Supertaça de Futebol Feminino, bem como participado em 2 edições da Liga dos Campeões em três anos de futebol feminino. Treinador vencedor do Galardão de Mérito José Maria Pedroto - Treinador do ano para a ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol), e nomeado para as Quinas de Ouro (Prémio da Federação Portuguesa de Futebol), como melhor Treinador português no Futebol Feminino. Experiência como Professor de Futebol no Estádio Universitário de Lisboa, palestrante em diversas Universidades de Desporto, Cursos de Treinador e entidades creditadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Autor do livro "Construir uma Equipa Campeã", e Co-autor do livro "O Efeito Lage", ambos da Editora PrimeBooks Analista de futebol no Canal 11 e no Jornal Record.

8 Comentários

  1. Discordo e acho que o fora de jogo pode ser abulido. Mude-se a forma de jogar. As defesas reaprendam como jogar sem ajuda.

  2. O futebol que encanta os seus amantes….é isto, acima de tudo inteligência (e técnica)….post brutal…..e não é de nenhum golo :)….isto não é para todos, é só para quem o Ama (o futebol:))….

  3. Este artigo vai de encontro a um anterior artigo a falar do controlo de profundidade do Rio Ave. Ambos muito claros a transmitir a ideia! Em relação à análise, totalmente de acordo, pois se os jogadores passam mais de 90% do tempo sem bola, não faz total sentido só analisar quando o jogador tem a bola. Como disse, a inteligência não se quantifica.

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