Sporting CP 2017 / 2018. Parte II.I

Sector defensivo

Apesar de muitas mudanças, não é expectável que perca qualidade. Afinal, residiam no sector defensivo as maiores dificuldades leoninas. A troca de laterais poderá ser bem sucedida, sobretudo confirmando-se a chegada de Fábio Coentrão. Partiu Rúben que fisicamente tem o perfil idealizado por Jorge Jesus, mas há também reforços com experiências importantes na pista de Alvalade.

Defesas Direitos: 

Schelotto. Com a chegada do lateral ex Bétis, poderá estar de partida o argentino. Se ficar, muito possivelmente será ainda a opção mais forte para a lateral direita. Fisicamente muito forte, tal como idealiza Jorge Jesus, seja pelas suas capacidades condicionais, seja pela própria morfologia, tem no posicionamento defensivo e na qualidade técnica as suas maiores limitações. Dificuldades para jogar e dar seguimento aos ataques em espaços curtos, e algumas dificuldades na tomada de decisão. Nem sempre bem alinhado e junto ao central quando bola nos corredor oposto, foi algo muito visto na passada temporada. Sobretudo pelas dificuldades técnicas demonstradas, percebeu-se o porquê do Sporting ir ao mercado.

André Geraldes. Confirmando-se a partida do argentino, fica com reais possibilidades de integrar o plantel leonino. Muita experiência e muito tempo de jogo num contexto mais baixo (Vitória e Belenenses) em conjunto com um eventual contrato mais baixo tornam-o uma segunda linha interessante. Mostra mais credenciais nos momentos defensivos que nos ofensivos.

Cristiano Piccini. O reforço que chega do melhor campeonato do mundo. Onde não impressionou, porém. Perfil nada diferenciado do de Schelotto. Um jogador predominantemente físico, seja nas suas capacidades condicionais, seja pela morfologia. Qualidades no posicionamento e no controlo do seu espaço defensivo, seja aéreo ou no chão. Ofensivamente, um jogador mais vertical, mais de aceleração e menos de pensar e executar em espaços interiores ou curtos. Aparentemente não difere em demasia da opção do ano transacto.

 

Sobre Rodrigo Castro 219 artigos
Rodrigo Castro, um dos fundadores do Lateral Esquerdo. Licenciado em Ed física e desporto, com especialização em treino de desportos colectivos, pôs graduação em reabilitação cardíaca e em marketing do desporto, em Portugal com percurso ligado ao ensino básico e secundario, treino de futsal, futebol e basquetebol, experiência como director técnico de uma Academia. Desde 2013 em Londres onde desempenhou as funções de personal trainer ligado à reabilitação e rendimento de atletas. Treinador UEFA A.

7 Comentários

  1. O Schelotto, assim como o Marvin, não se apresentaram às ordens do Jorge Jesus. Penso que estarão de saída.
    O Andre Geraldes não me parece de todo ser o tipo de DD que o Jesus aprecia até porque não dá muito profundidade no corredor, não deverá ficar.
    Quem tem feito a pre-época e que aqui não falaram é Mama Baldé. Características muito parecidas tanto com o Schelotto como Piccini mas menos vertical. Fez as duas ultimas duas épocas de bom nivel na equipa B, pode ter uma hipótese de ficar no plantel se convencer.

    Apenas uma pergunta, porquê apenas Benfica e Sporting e não Porto?

    Abraço

  2. o piccini é mais um caso em que o JJ confia em absoluto na sua própria capacidade de ensinar ao jogador aquilo que falta. fisicamente é o que ele quer. será que aprende? n o benfica emerson não aprendeu, no sporting zeegelaar não aprendeu. sim, eram DE mas percebem a ideia. alguns aprendem, outros não.

  3. O que me parece aqui é que o JJ está a ganhar a guerra com o BdC por dois-um. O que estamos a ver, até agora, é exactamente o mesmo que vimos o ano passado por esta altura. Um cardápio de contratações à moda do chef Jesus. Só mudaram os nomes porque o perfil de atletas é sempre o mesmo (perfil esse que não serve para o modelo que o treinador pretende implementar, porque é complexo e precisa sobretudo de gente que o possa entender, não que faça corta-matos de 20km com o modelo de jogo debaixo do braço).

    Outra coisa que me parece obtusa é a treta de que comprando atletas de 10 milhões (para cima) estás a encurtar distâncias com os rivais. É um raciocínio tão simplório e tão pouco elaborado que me dá graça. Para mim, o mais importante é definir um perfil de atleta (que se adeque perfeitamente ao modelo de jogo idealizado, com potencial para melhorar, etc, etc) e actuar em conformidade em todos os escalões e em todas as situações (salvo as naturais excepções). O Jonas estava sem clube e o Ederson custou 1 milhão de euros, só para citar dois exemplos. O Geraldes joga trinta vezes mais do que o Battaglia e do que uma série de gajos de 10 milhões. Como ainda falta muito tempo até ao fim de Agosto, não é crível que o plantel do Sporting fique como está agora e que não sejam feitas vendas chorudas. Vamos aguardar.

  4. …o Geraldes só está a perder tempo, um crack destes sem jogar, deveria ser considerado crime…..e duvido que o Bruno Fernandes calçe muito, apesar dos 9 milhões…coisas de um treinador que joga o jogo sozinho….

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